Comer fondue, fazer tratamentos de beleza, contemplar o pôr-do-sol em um café colonial, cavalgar, visitar um orquidário com espécies raríssimas de flores e, no final da noite, brindar a viagem a dois com um vinho ou licor de araçáuna no aconchego de um chalé com lareira. Em Domingos Martins, na serra capixaba, tudo inspira romantismo. Não à toa a cidade foi eleita recentemente na internet como o destino preferido dos casais de todo o Brasil, com 31,77% dos votos, desbancando Campos do Jordão, Monte Verde, Gramado e outros roteiros de inverno já tradicionais entre os pombinhos.
Como se esses atributos já não bastassem, a região ainda apresenta a vantagem de ter um dos melhores climas do mundo, com temperatura média de 12ºC, e um conjunto de pousadas para lá de charmosas. Tudo a apenas 42 quilômetros das praias de Vitória, a capital do Espírito Santo.
A herança deixada pelos imigrantes alemães e italianos transparece em cada canto, desde a arquitetura das casas do Centro, em estilo enxaimel, até as danças e pratos da culinária típica.
A gastronomia, aliás, revela-se um capítulo à parte tanto em Domingos Martins como na vizinha Venda Nova do Imigrante. Na primeira, as raízes germânicas disputam a preferência dos paladares com as massas italianas e o requinte da cozinha francesa. Provavelmente em nenhum outro lugar do mundo você encontrará uma autêntica chef parisiense confeccionando pratos como escargot e coq au vin (galo ao vinho) em pleno meio rural, com direito a música francesa, telão e toda a parafernália de copos e talheres - como pede a etiqueta francesa - num sítio onde tudo é orgânico, produzido ali mesmo, sem agrotóxicos, detergentes, e no fogão a lenha. Bem-vindo ao Domaine!
Já a vizinha Venda Nova do Imigrante prima pelos ambientes rústicos, com comida caseira, bom papo e muitas festas animadas por música italiana (leia reportagem na página 6).
Seja qual for a propriedade escolhida, duas coisas são certas: a hospitalidade dos colonos e o incrível visual da Pedra Azul - principal cartão-postal da região - ao fundo. Você pode estar em meio às colunas de mármore greco-romanas do Aroso, conferindo as plantações de morango da família Ronchi, apreciando o pôr-do-sol em frente ao Peterle ou praticando rafting no Rio Jucu. Não importa: a imponente rocha sempre estará ali, no horizonte, a abençoar o passeio do alto dos seus 1.822 metros.
Para vê-la ainda mais de perto, agências de turismo local oferecem trilhas, cavalgadas e até rapel nos arredores do Parque Estadual da Pedra Azul. O passeio a cavalo custa R$ 35 e dura cerca de uma hora e meia, tanto para o trajeto que leva às piscinas naturais quanto para a Rota do Lagarto, incluindo equipamentos, guia e seguro de vida.
Também há um percurso mais leve, de 15 minutos, a R$ 15. E se você tem medo de subir num cavalo, não se preocupe: os animais, da raça norueguesa Fjord, são extremamente dóceis e parecem vir munidos de piloto automático.
O nome da imensa formação de granito e gnaisse deve-se à tonalidade azulada que a pedra adquire conforme a incidência da luz do sol. Mas se depender do clima entre casais, bem que poderia ser cor-de-rosa, em nome do amor, do frio e do Espírito Santo.
*A jornalista viajou a convite da Secretaria de Turismo do Espírito Santo e do Sebrae
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