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Corpo é achado em ossário no cemitério dde Sto. André
Glauco Araújo
DO Diário do Grande ABC
12/03/2003 | 22:28
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O corpo de um rapaz ainda não identificado foi encontrado jogado entre os ossos de indigentes na cúpula do ossário do cemitério da Vila Curuçá, no bairro de mesmo nome, em Santo André, às 16h de quarta. Dois funcionários, que faziam a ronda nas dependências do local antes do fechamento, sentiram um forte cheiro e descobriram o corpo, que foi levado para o IML (Instituto Médico-Legal) para possível identificação.

A última vez que o ossário foi aberto para colocação de novos ossos foi há aproximadamente oito dias, segundo funcionários do cemitério. Isso pode ajudar a polícia a determinar a data da morte. “Era para ser um crime perfeito”, disse o encarregado do local, Nelson Sgobi.

O corpo do rapaz estava sem roupa e muito inchado. “Ele é bem mais magro do que está parecendo. Mas não dá para saber a causa da morte. Só o legista poderá, em um laudo, nos informar o que a provocou”, disse o delegado Adilson Lima, titular da Delegacia de Homicídios de Santo André.

Policiais do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) da cidade também estiveram no cemitério para acompanhar a retirada do corpo do ossário. “Foi necessário o apoio de policiais dos Bombeiros, pois eles possuem mais equipamentos para esse tipo de trabalho”, explicou o delegado.

O corpo foi jogado de uma altura de 5 m sobre uma pilha de ossos. “O local é de difícil acesso, ainda mais usando equipamentos de proteção como os que foram necessários”, disse o sargento Edson Luiz Gabarelli.

Os bombeiros usaram lanternas e cilindros de oxigênio para entrar no ossário. “O equipamento de proteção respiratória, máscaras e luvas foram essenciais para isso”, disse o cabo Rogério Fernandes, que entrou no ossário acompanhado pelo soldado Nilton Colognesi.

O outro encarregado do cemitério, Adino Rodrigues, disse que o ossário não costuma ter cheiro forte, mas houve mais danos, além do cadeado quebrado da tampa, no cemitério. “Tem um portão atrás de onde o corpo estava, mas está intacto”, disse Rodrigues.

O soldado Luiz Pereira, que foi chamado pelos dois encarregados do cemitério, disse que haveria um rapaz desaparecido no mesmo bairro há alguns dias. “Não dá para ter certeza, mas isso pode ajudar na identificação do corpo.”

O delegado Lima vai pedir o registro das digitais do rapaz encontrado morto e encaminhá-las ao IIRGD (Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt), em São Paulo. “Esse é o procedimento a ser feito.” Peritos do IC (Instituto de Criminalística) de Santo André estiveram no local para coletar possíveis pistas dos responsáveis pelo crime.




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