A senadora e primeira-dama da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, candidata à presidência nas eleições de outubro próximo, propôs nesta terça-feira um pacto social para garantir a governabilidade.
"Que o Estado possa desenvolver um acordo que permita dar viabilidade e sustentabilidade a este modelo", econômico e político, disse Cristina a empresários afiliados ao Idea (Instituto para o Desenvolvimento Empresarial da Argentina).
A mobilização ao estilo Pacto de la Moncloa, obtido pela Espanha após a ditadura franquista nos anos 70, representa um giro em relação à posição do presidente Néstor Kirchner, que evitou negociar com os empresários ao longo de seus quatro anos de poder.
Fugindo ao discurso kirchnerista clássico, Cristina destacou o papel dos empresários na geração de riqueza e trabalho, ao indicar que "o Estado não deve ser o Estado onipresente do primeiro período do peronismo", nos anos 40 e 50.
A candidata admitiu que, em seu governo, "nem tudo vai ser rosa" e haverá "conflito social, mas o importante é canalizá-lo democraticamente".
Cristina de Kirchner também disse aos empresários que haverá mudanças na metodologia de trabalho do Indec (Instituto de Estatísticas), após as denúncias de manipulação na elaboração de índices, entre eles a inflação.
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