"Aparentemente houve estrangeiros envolvidos. Ainda estamos investigando isto para tratar de determinar as implicações. Não é uma surpresa para nós a presença de terroristas estrangeiros no Iraque. Eles estão aqui desde julho", afirmou Bremer à rede de televisão ABC.

"Temos tido mandantes de atentados suicidas nos últimos três ou quatro meses que correspondem exatamente a estratégia criada pelo terrorista jordaniano da Al-Qaeda, chamado Abu Musab al-Zarqaui”. "Basicamente, ele trata de estabelecer aqui (no Iraque) uma guerra sectária, uma guerra civil. Estes ataques suicidas são certamente os acordes desta estratégia", completou.

Bremer destacou que os Estados Unidos "dobraram a recompensa pela captura de Zarqaui, vivo ou morto". "Estamos realizando uma enorme campanha para detê-lo. Acreditamos que ele está no Iraque".

Na quarta-feira, a coalizão divulgou uma carta atribuída a al-Zarqaui que convoca a insurreição interétnica. O documento, de 17 páginas, "conclama à guerra civil" e destaca que seu autor já participou de 25 operações no Iraque. A carta foi encontrada em poder de Hassan Ghul, membro da Al-Qaeda, a rede terrorista de Osama Bin Laden.

Segundo as primeiras investigações, alguns libaneses e até iranianos participaram da ação, o que levou a especulações sobre o envolvimento de combatentes do Hezbolá xiita libanês ou das brigadas Badr, sediadas no Irã.

O ataque contra a delegacia de Fallujah e o prédio da Defesa Civil Iraquiana empregou quase 50 homens mascarados, que chegaram em vários veículos armados com lança-foguetes RPG, fuzis de assalto BKC e minas utilizadas como granadas de mão.