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Revisão de atas decide quem fará novo Enem
Das Agências
17/11/2010 | 07:41
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As atas das salas de aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médico) vão passar por um pente-fino e ajudar o MEC (Ministério da Educação) a definir quem tem direito a uma nova prova, informou ontem o ministro da Educação, Fernando Haddad. O trabalho de verificar as atas está sendo feito pelo consórcio Cespe/Cesgranrio, que aplicou a prova.

"Se houver registro em ata que faltou cartão para substituir o cartão entregue ao aluno ou alguma ocorrência dessa natureza, tudo que for possível apurar objetivamente, vai ser considerado", disse Haddad.

Questionado se apenas a prova de sábado, dia 6, seria reaplicada a um número restrito de estudantes, Haddad respondeu que "possivelmente sim, mas não necessariamente". "Vamos verificar se houve prejuízo por alguma outra ocorrência de alguém que no domingo tenha tido alguma dificuldade", afirmou.

Não é possível abrir a possibilidade de refazer o exame para todos os alunos, já que isso "fere o edital", observou Haddad. "Trata-se de uma apuração objetiva e de uma convocação direcionada para aqueles que foram prejudicados", ressaltou. Esses alunos serão imediatamente notificados por celular, e-mail e Correios, disse o ministro.

Ao comentar falhas nesta edição do Enem - como a encadernação equivocada de parte das provas do caderno amarelo e o cabeçalho errado em todas as avaliações de sábado, dia 6, Haddad admitiu que foram erros distintos. "Um aparentemente de responsabilidade do Inep e outro de responsabilidade da gráfica", afirmou. O ministro disse que "aparentemente" o erro de impressão foi mais grave que o cabeçalho trocado.

Após duas edições marcadas por uma série de problemas - vazamento da prova, falhas na encadernação, cabeçalho trocado, batalhas jurídicas -, o ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu ontem que o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) seja aplicado mais de uma vez por ano, o que permitiria uma organização com "mais tranquilidade" e "menos atropelos". O comentário foi feito durante audiência da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal, em Brasília, que convidou Haddad para dar explicações sobre os equívocos da última edição do Enem.

"A saída adequada e já planejada é que se realizem mais edições do Enem por ano. Isso vai mitigar, se não a totalidade, a quase totalidade dos problemas que o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, responsável pela organização da prova) enfrenta com falhas às vezes humanas, às vezes ocorrências que não estão sob a sua responsabilidade", disse. "É possível e desejável que haja mais de uma edição por ano do Enem."

Na opinião do ministro, a aplicação de outra prova permitiria que o estudante se inscrevesse e fosse avaliado mais de uma vez, além disso, os exames poderiam ser diluídos em datas distantes.




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