Diarinho Titulo Música
Sons que compõem a orquestra
Juliana Ravelli
Do Diário do Grande ABC
10/06/2012 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Já parou para escutar uma música tocada por orquestra? Caso nunca tenha tido a oportunidade, experimente. Até parece mágica que diferentes instrumentos executem som tão harmonioso. Aliás, você os conhece?

São divididos em quatro grupos, que recebem o nome de naipes. O naipe das cordas, por exemplo, é formado por instrumentos que são tocados com o auxílio de um arco. Dessa turma, fazem parte o violino, a viola (diferente da caipira), o violoncelo e o contrabaixo, que é o maior de todos e tem o som mais grave (grosso).

A flauta, o oboé, o clarinete e o fagote - tocados por meio do sopro dos músicos - integram o naipe das madeiras. Apesar do nome, são feitos de metal. Então, por que são chamados assim? É que a flauta, um dos instrumentos mais antigos da humanidade, era fabricada em madeira no passado.

No naipe dos metais estão o trompete, o trombone, a trompa e a tuba (aquela bem grandona). Também produzem som forte a partir do sopro e são feitos de metal. Costumam ter cor dourada.

O quarto grupo é o naipe de percussão, do qual pertencem o pandeiro, os pratos, o triângulo, a caixa-clara, o tímpano, o xilofone e o bombo. Todos fazem barulho ao receberem batidas do artista (com as baquetas ou as mãos) ou ao serem agitados.

O curioso é que cada naipe tem lugar certinho na orquestra. Na frente ficam as cordas, no meio estão as madeiras; logo atrás, os metais, e no fundo, a percussão. Para resumir, os instrumentos que têm som mais forte são posicionados atrás daqueles mais fraquinhos. Isso acontece para que o som fique sempre equilibrado.

Consultoria da musicista Liana Justus, coautora do livro Desvendando a Orquestra: Formando Plateias do Futuro (Formato, 40 págs., R$ R$ 28,60)

 

Todos podem aprender a tocar instrumentos musicais

As amigas Alícia Peinado, 11 anos, e Catharina Paiola, 12, tocam flauta doce desde os 6 anos. "O som é muito bonito, faz a gente se sentir mais leve. As apresentações também são legais. Ajudam a tirar a timidez", explica Catharina. Além do instrumento de sopro, Isabela da Mata, 10, também toca violão.

As meninas, de Santo André, participam do Projeto Sopros e Cordas, idealizado pela professora Vania Villani. Por meio da iniciativa, Alícia conheceu bandas - entre elas Legião Urbana e Beatles - e compositores de música clássica, como Beethoven e Mozart. "É extraordinário juntar os instrumentos da orquestra na mesma música", afirma a menina.

Segundo as garotas, qualquer pessoa pode aprender um instrumento. "No começo, parece complicado porque você não conhece. Depois, vai se adaptando", diz Isabela.

No dia 23, às 20h, vai acontecer o 6º Festival Sopros e Cordas no Teatro São Bento do Instituto Sagrada Família (Rua Manduri, 68), em Santo André. Ingresso: R$ 10. Informações: 7604-4813.

 

Saiba mais:

Há outros instrumentos que podem participar da apresentação de uma orquestra. Entre eles estão o piano, a harpa, o violão e o saxofone.

É preciso ter o hábito de escutar música clássica para conseguir diferenciar os sons dos instrumentos durante o concerto.

A harmonia da orquestra depende do trabalho do maestro. Ele fica na frente de todos os músicos para mostrar o ritmo e como devem tocar (mais forte ou suave, por exemplo).

Muita gente acha que os músicos nem olham o maestro. Mas não é o que acontece. A concentração é tanta que conseguem, ao mesmo tempo, ver a partitura (papel em que ficam as notas musicais) e os gestos dele.

Com vontade de ver uma orquestra de pertinho? Confira no www.blogdiarinho.blogspot.com.br a programação com algumas apresentações no Grande ABC.

 




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