Segundo o diretor do parque, Joao Evangelista de Melo, depois de 1994 - quando parte do lugar foi destruído por incêndios - iniciou-se um trabalho preventivo que diminuiu muito a área atingida. " Esperamos chegar ao índice zero ou perto disto ainda neste ano", diz.

As chuvas do final do ano e começo de janeiro destruíram pontes, bloquearam estradas. romperam barragens e provocaram a queda de muitas árvores. O parque ficou isolado, sem energia elétrica e acesso por quase três dias. Num trabalho rápido de recuperaçao, envolvendo funcionários e voluntários, as instalaçoes foram reconstruídas e melhoradas. A previsao é de que receba em junho dez mil visitantes, número triplicado em julho, na alta temporada de inverno.

Fogo - Como a meteorologia prevê um inverno com períodos de frio intenso e seco, condiçoes favoráveis à rápida propagaçao do fogo, Melo destacou 20 guardas parque para vistoriar trilhas estradas e os limites do horto. Segundo o diretor, os incêndios dentro do parque sao provocados por sitiantes e produtores rurais da vizinhança. " Sao todos incêndios criminosos, mas infelizmente nunca conseguimos prender os responsáveis", afirma.

Na tentativa de conter o avanço das chamas e da destruiçao da reserva florestal, está sendo estudada a possibilidade de os condenados por crimes ambientais cumprirem suas penas com ajuda à reserva. Também participaria do processo o grupo Meninos Ecológicos, que atualmente conta com 15 adolescentes que cultivam mudas de plantas e abastecem os viveiros do lugar.

Em 1999 foi registrada a queima de 0,03% de área preservada, cerca de 10 hectares. Em 1994, nos sucessivos incêndios dentro da reserva, forma perdidos 3% da área do horto, aproximadamente 300 hectares de mata tropical de altitude. O Parque Estadual de Campos do Jordao tem 83 quilômetros quadrados mais de 30% da território do município. "A grande vantagem deste processo é que a flora e principalmente a fauna está crescendo, inclusive vários animais em extinçao", observa Melo.