A deputada eleita por Diadema e integrante da executiva nacional do PV Regina Gonçalves vai à Brasília discutir se o partido apoia ou não candidato no segundo turno. A série de reuniões se inicia hoje e termina no domingo, com a declaração pública sobre o posicionamento. Marina Silva conquistou quase 20% dos votos válidos no primeiro turno, credenciando o apoio da senadora como muito importante para vitória no segundo turno.

Regina já foi procurada por dirigentes e vereadores do PT de Diadema, que esperam contar com o apoio verde à presidenciável Dilma Rousseff. "O prefeito (Mário Reali, PT) conversou pessoalmente com ela. O PV é aliado no município, por isso essa conversa é natural. Queremos o apoio deles e estamos respeitando os níveis de discussões", informou o presidente do diretório de Diadema do PT, Josemundo Dario Queiroz, o Josa.

Apesar do assédio, Regina aguarda o fim do encontro com a direção do partido para comentar o cenário. "Essa é uma discussão nacional e não municipal. Nós fazemos parte do governo do PT em Diadema porque ajudamos a eleger o Mário, é diferente da (situação) nacional", explica Regina.

O prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), faz parte do bloco de verdes que se anteciparam à decisão e declararam apoio ao candidato José Serra (PSDB).

Fábio Feldmann (PV), candidato derrotado ao governo de São Paulo, chegou a dizer que Marina é maior que o PV, e o partido deveria aguardar o posicionamento dela. "Preciso preservar as pessoas, não sei qual é o contexto dessa frase, por isso não vou comentar", disse Regina.

SEM ESFORÇO - Serra e tucanos como o governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, também buscam o apoio de Marina. Em Diadema, o PSDB confia no poder de negociação da cúpula. "Sou um mero soldado do partido. Não temos poder de fogo para negociar, o que eu ia dizer? Eu sempre converso com a Regina e digo que o PV combina mais com o PSDB, mas não aprofundo o assunto", disse o vereador Lauro Michels (PSDB).