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Elzinha está 'faminta' para retornar à Câmara
Cynthia Tavares
Especial para o Diário
18/04/2011 | 07:44
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Atualmente, a Câmara de Ribeirão Pires não conta com nenhuma representante mulher. Mas nem sempre foi assim. Elza da Silva Carlos, conhecida como Professora Elzinha, foi vereadora por dois mandatos (2001-2004 e 2005- 2008) no Legislativo. A petista não conseguiu se reeleger em 2008, mas a derrota não abalou a vontade política.

"Queremos voltar com garra. Estamos famintos e dispostos para essa disputa que está por vir", declarou. "Não é só o fato de retornarmos à Câmara, mas também da possibilidade de reassumir o Executivo. Isso tem nos deixado (os petistas) dispostos", completou. Elzinha obteve 591 votos na última eleição e foi a segunda candidata mais votada do PT - insuficiente, porém, para garantir vaga na Casa.

A educadora acredita que a derrota pode ser explicada pelo racha interno que ocorreu no partido, antes das eleições. "Quando estávamos no comando da cidade, houve uma confusão entre o partido e o governo. Não entendíamos essa divisão. O Executivo tem um papel e o movimento social tem outro. As lideranças acabaram achando que todos os problemas seriam resolvidos e não é assim", avaliou.

Todavia, Elzinha ressaltou que as crises foram superadas. "Foi um conjunto de erros. Com isso, acabamos deixando a cidade na mão de quem não tem compromisso. Mas acredito que amadureci e todos os grupos do PT também. Hoje, o partido não tem dono. É algo construído", pontuou.

Para ela, a legenda precisa fazer boas coligações para garantir o sucesso no pleito municipal. "O governo Lula e o governo Dilma têm mostrado que o PT não quer governar sozinho. É preciso abrir frentes que queiram o melhor para a cidade de Ribeirão Pires", disse. Em 2008, a sigla não se coligou com nenhum partido; em 2004, somente o PCdoB esteve com os petistas.

Na avaliação de Elzinha, somente dessa forma o PT voltará a ter representatividade no Legislativo. "Precisamos de uma chapa forte para vereadores. Em 2008,não completamos nem o número necessário (do coeficiente eleitoral). Precisamos investir em candidatura."

OLHAR DE FORA

Hoje, a petista se divide entre as aulas de história na Escola Estadual Maria Pestana Menato, no bairro Santa Luzia, e a secretaria-geral da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) na região. "Estou fora da política nesse tempo, mas continuo na minha sala de aula, com meus alunos, coisa que gosto muito de fazer. Além de organizar as ações no sindicato", declarou.

Longe dos holofotes políticos, a petista fez avaliação do segundo mandato do governo Clóvis Volpi (PV). "Os bairros não têm estrutura, logo a população não está satisfeita. Há obras que estão sendo feitas sem nenhuma necessidade. Por exemplo, o shopping que estão querendo construir. Tudo é muito centralizado. Falta convite à população para saber o que ocorre", criticou.




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