Apesar da densidade das discussões sobre a instauração de nova CPI do Semasa, parte dos vereadores de Santo André arrumou tempo para incluir no debate o aumento do número de cadeiras, o que poderia subir de 21 para 27 vagas. A pauta entrou em reunião fechada no gabinete do presidente da Câmara, José de Araújo (PMDB), principal incentivador do acréscimo das vagas, informação negada pelo peemedebista.

O interesse dos adeptos à majoração é adequar a lei orgânica à lei federal. Com isso, qualquer mudança nesse sentido em Brasília determinaria o número de vereadores automaticamente em Santo André. A discussão volta à tona depois de mais de oito meses da reprovação da proposta em plenário.

Rechaçando a ação no momento, Araújo afirmou que o assunto não estava sendo oficialmente discutido. Segundo o peemedebista, pode ser que algum vereador individualmente comentou sobre o caso, mas não que isso tenha sido motivo de foco do encontro. "Estávamos discutindo projetos. Particularmente converso sobre o que eu quiser, futebol, política. Na pauta não estava sendo tratado", disse, atribuindo que somente, no plenarinho, o vereador Luiz Carlos Pinheiro, o Pinheirinho (DEM), "puxou o assunto do aumento".

O democrata desmentiu a justificativa de Araújo, recebendo apoio de outros parlamentares. "Sou contra o acréscimo de cadeiras pelo dinheiro que isso vai gerar a mais. Só que tem vereador que ainda quer o aumento por medo de conseguir a reeleição." O vereador Francisco Alberto, o Alemão do Cruzado (PSD), corroborou com a tese de Pinheirinho. "A discussão veio da presidência. Não dá para jogar a responsabilidade em cima do Pinheirinho. Esse debate tinha que ter sido feito lá atrás. Hoje a criança já nasce morta."