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Funcionalismo público é o mercado mais atrativo
05/09/2010 | 07:49
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O funcionalismo público ainda é o grande mercado para o crédito consignado, por conta do menor risco de calotes. Do total da carteira de julho, 85,6% das operações são para empresas públicas; o restante para empresas privadas.

O mineiro BMG detém quase 20% do empréstimo consignado para o setor público. No primeiro semestre, a carteira total do banco cresceu 35% e a tendência é de nova alta. O diretor financeiro do BMG, Ricardo Gelbaum, diz que nos dois últimos meses as operações no mercado de crédito deram uma esfriada, seguindo o aumento dos juros básicos e uma parada geral da economia. "Mas a partir de setembro, os empréstimos devem vir mais fortes, por conta da preparação para o final de ano. Historicamente, o segundo semestre é melhor que o primeiro", diz ele.

O consignado também virou negócio principal em bancos menores. O mineiro Bonsucesso prevê expansão de 30% nos empréstimos com desconto em folha para 2010. "O segmento continua aquecido", disse o presidente do banco, Paulo Henrique Pentagna Guimarães. Segundo ele, o a instituição financeira tem fechado dois novos convênios com entidades públicas por mês. No primeiro semestre, o volume de operações chegou a R$ 925 milhões, com avanço de 15%.

"O consumidor está confiante com sua situação econômica e disposto a tomar crédito. As concessões a pessoa física continuam com uma leve tendência de alta", destaca a analista do setor financeiro do Santander, Luiza Rodrigues.

Em relatório, ela ressalta que o consignado está puxando a expansão do crédito pessoal, que responde por 50% do volume de empréstimos para pessoas físicas - o restante está dividido em financiamento imobiliário (2%), cheque especial (5%), cartão de crédito (8%), aquisição de bens (33%) e "outros" (2%).

Além da queda dos juros, os empréstimos pessoais estão sendo feitos com prazos maiores, de 18,8 meses em 2009 para 20,2 meses em julho deste ano, o maior prazo das linhas de pessoa física. Não há nos dados do BC um detalhamento específico para o consignado, mas os especialistas apontam a mesma tendência.




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