Política Titulo
'Caso Renan': PSOL entra com representação para abrir 4º processo
Do Diário OnLine
06/09/2007 | 14:29
Compartilhar notícia


O PSOL entrou nesta quinta-feira com uma representação na Mesa Diretora do Senado para que o Conselho de Ética abra a quarta investigação contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), mais uma vez acusado de quebra de decoro parlamentar.

De acordo com matérias publicadas na imprensa neste fim de semana, o peemedebista teria participado de um esquema de arrecadação de recursos em ministérios comandados pelo PMDB (Saúde e Previdência Social).

A denúncia foi feita pelo advogado Bruno Lins, que revelou a existência do esquema em um depoimento prestado à Polícia Civil do Distrito Federal no ano passado. Lins é ex-marido de Flávia Garcia, assessora parlamentar de Renan.

Segundo o acusador, o recebimento da propina seria comandado pelo empresário Luiz Garcia Coelho, pai de Flávia. Além disso, parte da propina teria sido paga pelo banco BMG. Em troca, o presidente do Senado teria beneficiado a instituição no serviço de concessão de crédito consignado para aposentados da Previdência.

‘Caso Renan’ –
O presidente do Senado é vítima de outras três representações no Congresso Nacional.

A primeira delas, em que é acusado de ter contas pessoas pagas pela empresa Mendes Júnior – no caso a pensão de uma filha que teve em um relacionamento extraconjugal com a jornalista Mônica Veloso -, já foi analisada pelo Conselho de Ética do Senado e pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

Os dois órgãos concluíram que Renan é culpado no caso e por isso ele será julgado em plenário na próxima quarta-feira, quando, em uma sessão secreta, os 81 senadores dirão se são favoráveis ou contrários à cassação do peemedebista.

Se a maioria dos parlamentares votar para que o mandato do parlamentar alagoano seja cassado, ele perderá sua vaga no Senado e ainda ficará inelegível pelos próximos oito anos.

Na segunda representação, que já está no Conselho de Ética, o senador do PMDB é suspeito de ter revertido uma dívida de cerca de R$ 100 milhões da Schincariol com o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) e à Receita Federal. Em troca, a cervejaria teria comprado uma fábrica do seu irmão, o deputado federal Olavo Calheiros (PMDB-AL), acima do preço de mercado.

No entanto, o relator dessa caso, deputado João Pedro (PT-AM), já deu indícios de que seu relatório pedirá a absolvição de Renan por falta de provas.

No terceiro processo, que ainda não tem relator, o presidente do Senado é acusado de ter utilizado ‘laranjas’ para comprar meios de comunicação no Estado de Alagoas.



Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;