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Equador busca assessoria da Argentina para renegociar dívida
Da AFP
16/01/2007 | 19:11
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O governo socialista de Rafael Correa buscará a assessoria da Argentina para renegociar a dívida externa do Equador, e não atenderá ao pedido dos Estados Unidos para retomar a negociação de um TLC (Tratado de Livre-Comércio).

O ministro da Economia, Ricardo Patiño, esclareceu que a reestruturação da dívida pode levar dias ou meses, mas que a disposição de Correa é se distanciar dos credores.

"Pode ser em uma semana, em três meses, não sabemos. Temos que analisar muito bem isto", manifestou Patiño ao canal Ecuavisa e acrescentou que já recebeu a visita do peruano Oscar Ugarteche, um "especialista mundial" em temas de dívida externa, e que nas próximas semanas chegará a comissão que renegociou o passivo argentino.

"É preciso conhecer alguns especialistas mundiais em legislação para a renegociação da dívida e eu analisarei as coisas com calma", destacou.

Na segunda-feira, ao tomar posse na presidência, Correa declarou que fará "uma renegociação soberana e firme da dívida externa equatoriana e, sobretudo, das inadmissíveis condições que nos foram impostas durante o ano 2000".

"Sejam solidários: renegociemos a dívida (pública de US$ 10,313 bilhões), reestruturemos a dívida. Nós só atenderemos a nosso setor social", acrescentou, enfatizando que recorrerá ao financiamento externo "apenas quando for estritamente indispensável".

Além disso, a administração de Correa - que promete uma revolução socialista - notificou oficialmente os Estados Unidos de que não retomará a negociação de um Tratado de Livre-Comércio, suspensa por Washington em abril de 2006 depois de reformas equatorianas que retiraram lucros de petrolíferas.

"Obviamente gostaríamos de ter um TLC com o Equador, mas para que um TLC funcione bem as duas partes têm que estar convencidas", disse, por sua vez, o secretário americano de Comércio, Carlos Gutiérrez, que assistiu à posse do presidente esquerdista. "Sabemos que o presidente Correa disse que este não é o momento, que não quer continuar com o tema do TLC. Respeitamos o ponto de vista e o que temos de fazer é buscar temas onde estejamos de acordo", apontou Gutiérrez à Rádio Quito.




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