A emocionante história de vida do estudante paulistano Mikael Mondone Garcia, com a qual o Diário encerra a semana que dedicou à publicação de reportagens especiais sobre o tema, expõe a importância da existência do Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado hoje. Instituída pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 2007, a data é uma tentativa de levar informação à população para reduzir a discriminação e o preconceito contra os indivíduos que apresentam o TEA (Transtorno do Espectro Autista). Essas pessoas ainda enfrentam muitas dificuldades para serem reconhecidas em sua condição e terem acesso aos direitos que a legislação lhes garante.
O Grande ABC, aliás, contribuiu para fortalecer a luta dos autistas. Foi em São Bernardo, em setembro de 2021, que lei proposta na Câmara pelo vereador Julinho Fuzari (PSC) instituiu o uso do cordão girassol, por meio do qual pessoas com TEA são identificadas e, assim, têm prioridade nos mais diversos tipos de atendimento na cidade. Baseada na legislação do município onde possui domicílio eleitoral, o deputado federal Alex Manente (Cidadania) propôs sua expansão ao Brasil todo – projeto similar, do qual foi relator, acaba de ser aprovado na Câmara e segue agora para apreciação do Senado. Boas ideias têm mesmo de proliferar, e não há dúvidas de que a da dupla Alex/Fuzari é uma delas.
Com a conscientização cada vez maior da sociedade sobre as necessidades dos indivíduos com TEA, o principal desafio passa a ser o cumprimento de todas as legislações que os protegem e amparam. Não basta que o regramento exista; é preciso que efetivamente gere efeito. Os pais de Mikael, Antonio Carlos Garcia e Cleide Mondone, são a prova cabal de que amor e inclusão fazem diferença na melhora da qualidade de vida de quem apresenta o transtorno do espectro autista. Embora a situação tenha melhorado muito desde que o filho dos dois nasceu, há 15 anos, a batalha contra o preconceito e a discriminação ainda está longe de acabar. Mas o horizonte está caregado de esperança.
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