O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB), já tem dois eleitores importantes para o pleito que elegerá o presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Os comandantes de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), e de Rio Grande da Serra, Adler Kiko Teixeira (PSDB), reeleitos para o segundo mandato em suas cidades, defendem o petebista para administrar a entidade regional em 2009. A votação para a sucessão do chefe do Executivo de Santo André, João Avamileno (PT), ocorrerá no início do próximo ano.

Os três prefeitos largariam na frente para assumir o Consórcio, já que os futuros gestores das outras quatro cidades passarão por processo de transição e iniciarão nova administração em Santo André (Aidan Ravin-PTB), São Bernardo (Luiz Marinho-PT), Diadema (Mário Reali-PT) e Mauá (Oswaldo Dias-PT).

Kiko, por sua vez, já esteve à frente do órgão em 2007 e com o sistema de rodízio implementado entre os chefes dos Executivos estaria descartado para nova empreitada. Já Clóvis Volpi avalia que "não está no momento" de comandar a entidade.

Mais que isso, o verde apóia incondicionalmente Auricchio para a função. "Ele está preparado para ser o presidente. Terá mais tempo disponível, pois tem uma cidade equilibrada, fruto da boa gestão exercida. É a hora dele."

Volpi ressalta que seu trabalho tem de estar voltado exclusivamente para Ribeirão Pires porque o município está com "as conexões apertadas". "Temos uma cidade pequena, diferente, e com essa crise mundial o próximo ano não será fácil (conciliar as duas funções). Tenho de estar mais presente", pondera.

Volpi ressalta que não pretende "menosprezar" a atuação na presidência do Consórcio, o que pode ocorrer no futuro. Indagado sobre qual seria o momento certo para isso acontecer, é evasivo. "O tempo irá dizer", esquiva-se, ao enfatizar que o voto de apoio a Auricchio está declarado desde a eleição do petista João Avamileno, no começo deste ano.

Com discurso afinado ao de Clóvis Volpi, Adler Kiko Teixeira também elogia a capacidade de Auricchio ao indicá-lo para o posto. "Ele é bem-preparado, está no segundo mandato. Só depende da vontade dele presidir a instituição", observa o tucano, lembrando que comandou o Consórcio durante o terceiro ano à frente da administração de Rio Grande da Serra. "Não haverá disputa pelo cargo e sim consenso, como nas ocasiões anteriores", garante.

O prefeito de São Caetano está licenciado do cargo. Mas, por enquanto, mantém discurso neutro sobre a possibilidade de presidir o Consórcio. No início do mês ressaltou que aguarda o período de conversas com os demais prefeitos da região para definir a questão conjuntamente.