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STF: Jobim analisará habeas-corpus a Valério, Delúbio e Pereira
Do Diário OnLine
COm Agência Senado
22/07/2005 | 17:27
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O presidente do STF (Supremo tribunal Federal), ministro Nelson Jobim, prometeu analisar individualmente a concessão de habeas-corpus preventivo ao publicitário Marcos Valério de Souza, ao ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira e ao ex-secretário de Finanças do partido Delúbio Soares. A promessa de Jobim aconteceu nesta sexta-feira durante encontro com o presidente e o relatora da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS) e deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), respectivamente.

Os três - Valério, Pereira e Delúbio - prestaram depoimento à comissão que investiga denúncias de corrução na ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) amparados por esse artifício judicial, que permite ao depoente responder apenas às perguntas de seu interesse e impede que ele seja preso durante os esclarecimentos. Eles são acusados de envolvimento no chamado 'mensalão' – suposto esquema em que o PT pagava uma mesada de até R$ 30 mil a deputados do PL e do PP em troca de 'favores políticos' (votos) na Câmara.

Com relação à lista com os nomes de 120 beneficiários de saques realizados nas contas do Banco Rural das empresas de Marcos Valério, o ministro do Supremo informou aos dois integrantes da CPMI dos Correios que todo o material ainda está sob posse da Procuradoria Geral da República. "Vamos aguardar a Procuradoria encaminhar para o Supremo, que vai analisar o material, verificar quais orientações foram solicitadas, e fruto disso, nos encaminhará. Ficamos de aguardar um posicionamento do ministro Jobim até o início da próxima semana", explicou Delcídio, após o encontro. A comissão aprovou na quinta-feira requerimento pedindo a cópia desse processo.

'Mensalão' - O presidente da CPMI dos Correios, mesmo com o grande número de saques constatados, não é possível confirmar a existência do 'mensalão' e que, na próxima semana, será possível obter um "retrato claro" sobre as movimentações, com "origem e destino de cada recurso das contas do Banco do Brasil, do Rural e das outras instituições financeiras" onde Marcos Valério, sua mulher, Renilda, e as empresas em nome de ambos possuem contas. Ele disse ainda ser preciso cuidado redobrado com o "tsunami de informações" que chegam à CPI e que, para isso, tem contado com o apoio de funcionários da Receita Federal, da Polícia Federal e até com a colaboração de servidores do Banco do Brasil. "Temos que ter olhar crítico e lúcido para obter as informações corretas e transmiti-las sem equívocos", explicou.




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