Temer também tranqüiliza o governo em relação às reformas constitucionais. "Se as propostas do governo que não conhecemos forem boas, terão nosso apoio independentemente de qualquer coisa, inclusive cargos." Os governadores foram dispensados de tentar convencer a bancada a participar de conselhos que discutirão as políticas públicas. Motivo: boa parte dos peemedebistas está convencida de que o governo vai acabar investindo no esvaziamento do PMDB, com a cooptação de parlamentares para legendas aliadas.
A avaliação geral é de que, diante da pressa de engordar sua base de apoio no Congresso, o governo vai operar no varejo. "Até aqui eu vim trabalhando para compor, pela unidade partidária, mas cansei. Agora estou lutando pelo resgate da dignidade do PMDB", disse nesta terça-feira Michel Temer, para quem as conversas com o governo só têm servido para desgastar a legenda.
Temer foi um dos muitos que não gostaram da proposta de o partido participar de um conselho hipotético, que nem sequer existe. "São ofertas desvalorizantes para o PMDB."
Diferentemente dos governadores, que defenderam a participação de peemedebistas em conselhos governamentais, Temer diz que o local apropriado para que o PMDB formule suas políticas é o Congresso. Junto com Temer, nesta tese, estão o senador Sérgio Cabral Filho (RJ) e o primeiro-secretário da Câmara, Geddel Vieira Lima (BA).
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