Unidades do Golden Square Shopping e São Bernardo Plaza encerraram atividades na quarta; empresa já demitiu 100
ouça este conteúdo
|
readme
|
Quatro lojas da CVC - empresa de turismo com sede em Santo André - encerraram as atividades nesta semana, em meio à crise vivenciada pela operadora. As unidades - todas franqueadas - funcionavam nos principais shoppings do Grande ABC.
Segundo apurado pelo Diário, as unidades amanheceram fechadas na última quarta-feira (1º), após decisão do empresário Anderson Muniz, proprietário das franqueadas. Destas, duas estavam em São Bernardo, sendo uma no Golden Square Shopping e outra no São Bernardo Plaza. Nos empreendimentos, os espaços onde antes ficavam as unidades franqueadas da CVC agora dão lugar para placas que comunicam o encerramento das atividades nos locais. Procurados, o proprietário das lojas não quis comentar o caso. A CVC não se pronunciou.
Esse é mais um capítulo das inconstâncias apresentadas pela companhia. No início de janeiro, a CVC demitiu 100 funcionários nos setores de TI (Tecnologia da Informação) e suporte. O número corresponde a 4% do total de 2.500 colaboradores. No Nordeste, todas as filiais próprias projetam ser desativadas pela operadora. Além disso, nessa semana, as ações da CVC na bolsa de valores despencaram 14,4%. Essas instabilidades vêm desde o primeiro trimestre de 2022, quando a companhia acumulou prejuízo líquido de R$ 166,8 milhões. Na época, mesmo com o resultado negativo, a CVC se mostrou otimista para as próximas projeções. O que foi contrariado por um estudo da consultoria Economatica, divulgado pelo Estadão, que apontou a CVC como uma das cinco corporações que poderiam quebrar.
CONSUMIDOR
Quando uma unidade é fechada, outras lojas da mesma empresa podem atender normalmente o consumidor e suas demandas. Apesar disso, caso tenha algum problema, ele pode notificar extrajudicialmente a franqueada e a franqueadora. Segundo a advogada Mayara Mariano, sócia do Mariano Santana Sociedade de Advogados, o consumidor pode entrar com a notificação sobre qualquer situação que se sentiu prejudicado. “Por exemplo, quando prazos não são cumpridos, pacotes ou passagens canceladas e não houve devolução do dinheiro. Assim, ele pode notificar pela falta de transparência e retorno”, explica.
Para Mayara, a melhor forma de proceder é seguir com o intermédio de um advogado. “Isso dá mais credibilidade para a resolução do conflito, mas o consumidor também pode optar por ir direto no cartório”, aconselha. “Recomendo fazer a notificação primeiro porque caso seja necessário entrar com uma ação judicial, mostra que houve uma tentativa de resolver o conflito administrativamente”, pontua.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.