O prefeito José de Filippi Júnior (PT) garantiu que vai ficar à frente da Secretaria de Saúde de Diadema até o final do mandato e, por isso, não nomeará nenhum substituto. “Não quero mais sair, vou até enfrentar a campanha (para a reeleição) como secretário de Saúde em exercício”, afirmou. Filippi acumula as funções desde setembro, quando admitiu que a situação na área estava crítica. “A equipe é tão boa que toca a administração”, ressaltou.

Segundo o petista, a Pasta passa por um momento de recuperação, que se reflete nas avaliações feitas pela população. “O serviço está melhorando, o povo está contente e estou sendo útil”, afirmou. “Se eu viesse aqui (secretaria) e a a situação piorasse, daí poderia trocar de prefeito”, acrescentou ainda, em tom de brincadeira. Quanto à designação de um novo secretário, Filippi joga a decisão para o futuro. “Acho que no próximo mandato”, disse.

Filippi fez uma avaliação positiva do terceiro ano de mandato e ressaltou que, apesar dos problemas financeiros com o bloqueio de R$ 7,5 milhões do Fundef (Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental) por determinação da Justiça e a ameaça de seqüestros por conta dos precatórios não-alimentares, a administração começou a ter fôlego para fazer investimentos em diversas áreas. “Estou muito satisfeito com a minha equipe. Nós tivemos muitas compensações”, resumiu.

Entre os destaques feitos pelo petista estão a recuperação da capacidade de investimento e a possibilidade de contratar mais funcionários, ações permitidas pelo ajuste que a administração fez nos anos anteriores na folha de pagamento e nas contas, determinadas pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).

Filippi ainda traçou um paralelo entre a situação de crise enfrentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao assumir o governo federal e a sua administração. “Quando vejo esse pessoal reclamando do Lula por causa de seis meses de governo, lembro que aqui (em Diadema) nós demoramos três anos para começar a fazer rede de esgoto nas favelas, para asfaltar ruas e construir escolinhas.”