Uma simulação tridimensional permitirá salvar a grande esfinge de Gizé dos danos causados pelo tempo. Segundo a agência Ansa, essa é a aposta da biblioteca de Alexandria e do centro de pesquisa da IBM do Cairo, realizadores do "Great Sphinx Visualization Project", que estuda os efeitos causados pelo vento, temperatura e pressão atmosférica sobre a estátua monolítica que há 4,5 mil anos guarda as pirâmides.

Este projeto utiliza pela primeira vez no Oriente Médio a tecnologia "Vista" (Virtual Immersive Science and Technology Applications), um sistema que reproduz cópias tridimensionais da realidade na tela do computador. Sobre esses modelos, os pesquisadores podem simular as condições atmosféricas e os fenômenos naturais para obter novas perspectivas, evitando interferências diretas no terreno e economizando tempo.

Uma vez diagnosticada a intensidade das causas de erosão na esfinge, o estudo será enviado ao Conselho Superior de Antiguidade e será a base de um projeto de manutenção da estátua.

A esfinge de Gizé, que representa um ser mitológico com face humana e corpo de leão, tem 73 metros de comprimento, 6 metros de largura e 20 metros de altura. Depois do abandono da necrópole onde se encontra, a esfinge foi coberta pela areia. Em 1817 começaram os trabalhos para desenterrá-la, concluídos em 1925.