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Ocalan reitera apelo pela paz
Do Diário do Grande ABC
23/06/1999 | 15:49
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O líder rebelde curdo Abdulá Ocalan reiterou nesta quarta-feira o apelo por uma soluçao pacífica do conflito curdo ao tomar a palavra para se defender nesta quarta-feira, durante a reinício de seu julgamento na ilha-prisao de Imrali (oeste da Turquia), segundo a agência de notícias Anatolia.

``Dar prosseguimento atualmente à luta a qualquer preço supera nosso objetivo. Os meios que empregamos para alcançar nosso objetivo já nao servem. Este conflito já nao tem razao de ser', declarou Abdulá Ocalan, julgado por traiçao e atentado contra a integridade territorial da Turquia.

O líder do Partido dos Trabalhadores do Curdistao (PKK, separatista), que poderia ser condenado à pena de morte, também pediu à sua organizaçao que deponha as armas, acrescentando que ``esta rebeliao do PKK deve ser a última', segundo trechos de suas declaraçoes citados pela Anatolia.

Ocalán pediu ao Governo que autorize a populaçao curda da Turquia a ter suas próprias redes de rádio e televisao em língua curda, segundo a Anatolia. ``Isto nos levaria a uma maior unidade e a um Estado maior', disse.

Abdulá Ocalan, conhecido também como ``Apo', reafirmou que ``assumia a responsabilidade pelas atividades do PKK', como destacou no começo do julgamento, dia 31 de maio.

O líder do PKK falou durante meia hora antes de começar a defesa propriamente dita, segundo a rede de televisao estatal TRT, a única autorizada, junto com a agência Anatólia, a transmitir informaçoes de Imrali durante as audiências.

O julgamento havia sido suspenso dia 8 de junho por 15 dias para que a defesa pudesse se preparar.

A audiência de hoje começou com um atraso de duas horas devido ao mau tempo na regiao de Imrali, que impediu a chegada a tempo, por barco, dos advogados e da família de Ocalan, vindos do continente, assim como dos promotores, parentes das vítimas da rebeliao, observadores estrangeiros e jornalistas.

A rebeliao do PKK começou em 1984 a sudeste de Anatólia, de maioria kurda, com o objetivo de criar um Estado curdo independente. Os atos de violência ligados a esta rebeliao deixaram 31.000 mortos.




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