A disputa entre os dois governos ganhou um outro ingrediente dramático no mês passado, quando a Coréia do Norte admitiu que mantinha um programa nuclear, voltado para o desenvolvimento de armas.
A agência de notícias Nova China divulgou que os norte-coreanos e os estrangeiros terão de converter contas em dólar no Banco do Comércio Coreano, estatal, para euros ou outras moedas. Citando uma carta do banco, a agência informou que a medida vigora desde 18 de novembro para os norte-coreanos. Já os estrangeiros terão que fazer a troca a partir de 1º de dezembro.
"Hotéis, casas de câmbios e serviços ligados a estrangeiros não mais receberão dólares norte-americanos a partir de dezembro", declarou um funcionário do banco à Nova China. Se até o fim deste mês não receber qualquer declaração por parte do cliente, o banco converterá automaticamente as contas em dólares para euros.
A suspensão do dólar foi, segundo um diplomata britânico ouvido pela Nova China, "o meio político" encontrado pela Coréia do Norte para reagir à pressão crescente por parte dos Estados Unidos. Recentemente, Washington determinou a suspensão, a partir de dezembro, do envio de combustíveis para a Coréia do Norte, em uma tentativa de forçar o país a congelar seu programa de armas nucleares.
A decisão do governo norte-americano, que coincide com a chegada do inverno rigoroso à Coréia do Norte, deverá impor um castigo ainda maior a um país já assolado pela fome. A Coréia do Norte alega que a suspensão dos carregamentos viola a ajuda energética prometida a Pyongyang como parte de um acordo alcançado em 1994. .
Pelos termos do pacto, negociado com o governo do então presidente norte-americano Bill Clinton, a Coréia do Norte concordava em paralisar suas instalações voltadas para a fabricação de armas nucleares. Em troca, os Estados Unidos liderariam a construção de dois reatores com fins civis.
O acordo também incluiu a cessão anual de 500 mil toneladas de petróleo por parte dos Estados Unidos.
Informações da CNN, por meio da Agência Brasil.
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