O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, afirmou ao jornal grego To Vima acreditar que os eurobônus - um instrumento proposto como forma de aliviar a crise da zona do euro - eventualmente se tornarão realidade.

"Eu acredito que teremos os eurobônus de uma forma ou de outra, porque nossa união está se tornando maior", disse Monti, alertando, porém, que os títulos não serão uma "licença para gastar" ou uma alternativa aos cortes de dívida.

No mesmo jornal, o ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, reiterou a oposição de Berlim aos eurobônus, dizendo que eles "aumentariam a dívida e reduziriam a competitividade".

Subscritos por todos os países da zona do euro, os eurobônus permitiriam que membros debilitados, como a Grécia, levantem recursos a taxas de juros bem menos punitivas do que se tomassem empréstimos por conta própria. Entre os apoiadores da proposta está o novo presidente da França, François Hollande.

Mas a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, é contrária à proposta e afirma existir um risco de os eurobônus diminuírem o incentivo a orçamentos equilibrados e à redução das dívidas, além de elevarem os custos dos empréstimos para a própria Alemanha.

Monti também declarou ao jornal que está certo de que a Grécia não deixará a zona do euro, mesmo depois das eleições de 17 de junho. Mas o premiê italiano destacou que Atenas precisa "continuar e intensificar seu trabalho para criar uma economia forte", em uma referência às medidas de austeridade que o país prometeu em troca de assistência financeira da União Eurpeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI). As informações são da Dow Jones.