Dos 27 presos neste ano no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, 15 eram estrangeiros, a maioria latino-americana e reincidente. Gente como o colombiano Gerardo Paja Reyes, de 41 anos, deficiente físico preso em março pela Polícia Civil.
As câmeras flagraram Reyes e o comparsa furtando cosméticos de grife em uma loja e escondendo os produtos na roupa. No currículo criminal, Reyes responde a pelo menos mais dois processos por furto.
Além da grande quantidade de pessoas portando objetos de valor, a polícia afirma que os ladrões vêm para o Brasil fugindo de leis mais duras em seus países. "Eu prendo furtando no aeroporto e sou obrigado a aplicar fiança. Muitos dizem: 'Venho para cá porque faço 30 furtos, sou preso e vou embora. Na minha terra, ficaria preso'", afirma o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, divisionário do departamento responsável pelos portos e aeroportos (Dird).
Os criminosos geralmente agem em dupla, nos horários de pico dos aeroportos: das 5h às 10h e das 18h às 23h. Para se passar por passageiros, eles usam roupas caras, malas ou mochilas e andam muitas vezes com o passaporte na mão.
Levantamento feito pela Polícia Civil mostra que áreas próximas de caixas eletrônicos, praças de alimentação e máquinas de autoatendimento de check-in são os lugares prediletos dos bandidos. Mas alguns vêm de avião e já começam a atacar no free shop. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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