A capital do Iraque (Bagdá) voltou a ser fortemente bombardeada nesta quinta-feira pelas forças aéreas da coalizão. Dois dos bombardeios ocorreram de manhã e à tarde, pelo horário local, com bombas lançadas na periferia sul de Bagdá (às 8h, horário local) e na região oeste (às 17h30). No início da noite (20h em Bagdá; 14h em Bagdá), a cidade ficou completamente sem luz pela primeira vez desde o início da guerra e mais explosões foram ouvidas, além de disparos de artilharia.

A agência de notícias France Presse afirma que o aeroporto internacional Saddam Hussein, localizado a cerca de 20 km do centro de Bagdá, sofreu pesados ataques de artilharia dos EUA na noite desta quinta (tarde no Brasil). Segundo a TV americana ABC, o aeroporto foi tomado por tanques e blindados dos EUA.

O Comando Central americano (Centcom) divulgou em um comunicado que as forças da coalizão não dispararam contra o sistema de energia elétrica de Bagdá. Imagens das TV CNN mostram diversos bairros às escuras. A TV a cabo não informou o motivo da falta de luz.

Oito civis iraquianos morreram e pelo menos cinco ficaram feridos na queda de um míssil sobre o mercado Nahrawan, a sudeste de Bagdá, na manhã desta quinta-feira, informou uma fonte médica que trabalha no hospital Al Kindi, para onde foram levados os corpos dos mortos e os feridos no ataque.

Segundo o ministro iraquiano da Informação, Mohammad Said al-Sahhaf, os últimos bombardeios na capital do país mataram 27 iraquianos e feriram 193. Said al-Sahaf disse que 14 mortes foram causadas por bombas de fragmentação, cujo uso em área de civis é negado pelas forças da coalizão.

Esse seria o terceiro 'erro' das forças anglo-americanas. No dia 26 de março, Um mercado popular localizado em Shaab, distrito do norte de Bagdá, foi atingido por mísseis, deixando 14 pessoas mortas e 30 feridas. Três dias depois, um mercado localizado no bairro residencial de Shula foi destruído. Na ocasião, morreram pelo menos 52 pessoas e outras 50 se feriram.

Com agências