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Manifestantes protestam contra guerra em todo o mundo
Do Diário OnLine
Com AFP
21/03/2003 | 17:59
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A ofensiva anglo-americana no Iraque provocou nesta sexta-feira novas manifestações em todo o mundo, mobilizando centenas de milhares de pessoas. Muitos protestos foram marcados por confrontos com a polícia e terminaram com manifestantes mortos, feridos ou presos.

Na Europa, foram realizadas manifestações imensas em cidades como Atenas (mais de 200 mil pessoas segundo os organizadores) e Roma, onde protestaram entre 100 mil e 200 mil agricultores.

Na Ásia e Oceania, as maiores manifestações reuniram mais de 30 mil pessoas (50 mil segundo os organizadores) em Tóquio e 25 mil em Melbourne, Austrália. Na capital japonesa, os manifestantes exigiram que os Estados Unidos acabem imediatamente com a guerra e pediram o boicote de marcas americanas populares como Ford, Nike e McDonald's.

No mundo árabe-muçulmano, o dia da grande prece semanal foi marcado pela realização de protestos. No Iêmen, as manifestações acabaram em confrontos com a polícia nas proximidades da embaixada dos Estados Unidos em Sanaa. Os distúrbios provocaram as mortes de três manifestantes e um policial, enquanto 25 pessoas ficaram feridas No Cairo mais de 4 mil fiéis desfilaram ao grito de "Abaixo América", depois da prece na grande mesquita de Al Azhar. Os confrontos com a polícia deixaram dez feridos entre manifestantes e agentes.

Em Maan, reduto islamita do sul da Jordânia, um policial ficou ferido em confrontos entre manifestantes e policiais.

Um total de 28 mil palestinos protestaram na Cisjordânia e na Faixa de Gaza e denunciaram a ofensiva anglo-americana contra Bagdá e os regimes árabes pró-ocidentais.

Em Cartum, milhares de pessoas pediram o fechamento da embaixada americana no Sudão. No Paquistão, a oração semanal provocou múltiplas manifestações de vários milhares de pessoas, sobretudo em Islamabad e Peshawar.

Em Istambul, ocorreram alguns incidentes entre policiais e manifestantes antiguerra que desfilavam aos gritos de "malditos sejam os Estados Unidos" ou "Estados Unidos fora do Oriente Médio".

Em Atenas, Roma e Bruxelas, agricultores e trabalhadores responderam ao apelo dos sindicatos. Estudantes também saíram às ruas na Alemanha, Copenhague e Paris. Em Roma, mais de cem mil agricultores, convocados pela confederação italiana de agricultores, protestaram contra a guerra.

Em Atenas, a manifestação diante da embaixada dos Estados Unidos, fechada desde quinta-feira, foi uma das maiores realizadas nos últimos anos na Grécia, que preside atualmente a União Européia.

Em Bruxelas, dezenas de milhares de trabalhadores belgas, alemães, austríacos e franceses (30 mil segundo os organizadores e 17 mil segundo a polícia) se manifestaram "pela paz e pelo emprego", convocados pela confederação européia de sindicatos (CES).

Na Alemanha, 13 mil estudantes do ensino médio protestaram em várias regiões, enquanto em Berlim militantes do Greenpeace realizavam, durante a madrugada de quinta para sexta-feira, uma "vigília contra a guerra" nos arredores da embaixada americana, fazendo tocar um sino a cada meia hora.




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