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Postos do Grande ABC preveem alta de 20% na gasolina até o fim do ano

Expectativa é do presidente do sindicato das empresas do setor; desde início de outubro, combustível já acumula alta de 4,8%

Tomaz de Alvarenga
Do Diário do Grande ABC
14/11/2022 | 08:26
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Celso Luiz 25/11/20


Levantamento divulgado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) mostrou que o preço médio da gasolina comum subiu pela quinta semana consecutiva no Brasil. O litro foi vendido em média por R$ 5,02 na semana pesquisada (6 e 12 de novembro). Crescimento de 0,8%, ou R$ 0,04 a mais, em relação com a semana anterior, quando o preço estava em R$ 4,98.

A gasolina sobe desde o dia 2 de outubro, quando o litro chegou a R$ 4,79. Desde então, o produto já acumula alta de 4,8% nas bombas. Isso se deve a aumentos praticados por refinarias privadas, importadores e varejistas.

Para Roberto Leandrini, presidente do Regran (Sindicato do Comércio Varejista e Derivados de Petróleo do Grande ABC), o que na verdade está ocorrendo é especulação. E o pior está por vir, ainda neste ano. Já para 2023 o cenário é imprevisível.

"Esses aumentos de agora simplesmente são especulativos. As distribuidoras estão subindo o valor e os postos são obrigados a repassar. A bolsa de valores não fica especulando? É igual. O cenário para eles é de insegurança com o futuro, então eles vão aumentando o preço em ''doses homeopáticas'', aos poucos", diz.

Sobre o fato de a Petrobras não reajustar o preço dos combustíveis há 76 dias, Leandrini afirma que a empresa deve autorizar aumentos até o final do ano. "Calculo que até 31 de dezembro, a Petrobras vai autorizar aumentos que acrescentarão o valor nas bombas em 20%. Não de uma vez, mas fracionados. Após a posse do novo presidente, é impossível fazer uma previsão".

Também contribuíram para a escalada dos preços do insumo a alta no preço do etanol anidro, que compõe 27% da mistura da gasolina e, mais recentemente, no início do mês, o fechamento de estradas por manifestantes que protestavam contra o resultado das eleições. Os bloqueios pressionaram os preços da gasolina em Estados do Sul do País, como Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, além de regiões de São Paulo.

O sindicalista aponta uma outra questão em relação ao etanol. "Ele aumenta mais do que a gasolina, pois há um agravante, não há um órgão regulador. Quem manda são os usineiros, quando eles aumentam o valor, não precisam dar satisfação a ninguém", relata.

DIESEL

Já o preço do diesel S10 ficou estável em R$ 6,71 por litro no período. O preço do diesel tem flutuado nas últimas semanas alternando entre altas e baixas, mesmo sem mudanças nos preços praticados pela Petrobras nas refinarias.

(com Agências)




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