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Máscara pode voltar a ser obrigatória se internações subirem

Uso em locais fechados poderá ser exigido novamente no Estado; medida será discutida na segunda-feira, durante reunião de comitê

Renata Fernandes
Do Diário do Grande ABC
12/11/2022 | 08:29
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Em meio à alta dos casos de Covid-19, o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, disse ontem que o uso de máscara em locais fechados poderá voltar a ser obrigatório no Estado. A decisão será tomada na segunda-feira, em reunião com o comitê da Secretaria de Ciência e Desenvolvimento em Saúde.

No Grande ABC, entre segunda e terça-feira, quatro cidades registraram 430 novas infecções por coronavírus em um período de 24 horas. Os dados, referentes a notificações em Santo André, São Bernardo, São Caetano e Mauá reforçam o alerta sobre nova onda de crescimento dos casos na região e no Estado.

Para se ter dimensão do avanço da doença, nos sete primeiros dias de novembro, estes municípios receberam 159 confirmações da Covid-19 entre moradores. No comparativo com o intervalo de 24 horas entre os dias 7 e 8 deste mês, houve elevação de 170,4% de novas infecções.

Os dados foram fornecidos pelas prefeituras. Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não disponibilizaram informações por “instabilidade no sistema usado pela vigilância epidemiológica”.

Diadema, que teve 54 novos casos de coronavírus entre os dias 1º e 7 de novembro, não havia atualizado número de infecções até dia 7.

O infectologista José Ribamar Branco, fundador do IBSP (Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente), lembra que a Covid nunca desapareceu, apenas estava fora das prioridades do governo e da mídia durante as últimas eleições. Com isso, houve muita aglomeração, além de nova cepa em circulação.

Branco diz que a primeira geração de vacina foi “superimportante” e conseguiu controlar os casos e, principalmente, a mortalidade, que diminuiu bem. “Agora, as pessoas precisam atualizar a vacinação com doses mais modernas. O governo tem de adotar essas vacinas rapidamente e começar um programa de vacinação, principalmente para os grupos de risco e dos profissionais de saúde”, afirma. 

O infectologista enfatiza que nesse momento é altamente recomendado o uso de máscaras para pessoas acima de 65 anos, para as que têm comorbidades, que passam por quimioterapia e fizeram transplante. Ele ressalta que a máscara correta a ser usada é a N-95.

“Não há outra opção a não ser usar a máscara corretamente e evitar aglomerações. Pessoas que tiverem familiares doentes ou que façam parte do grupo de risco devem evitar aglomeração.”




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