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Brasília terá segurança reforçada no dia que o País define presidente

Ameaças à Justiça Eleitoral e possíveis manifestações durante a votação e após a apuração levam autoridades a colocar mais agentes nas ruas

29/10/2022 | 10:53
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José Cruz/Agência Brasil


A segurança dos Tribunais Superiores e da Praça dos Três Poderes na Capital federal será reforçada amanhã, quando acontece o segundo turno da eleição presidencial. Serão destacados policiais para acompanhar juízes eleitorais e ministros das Cortes, que têm sido alvo de ameaças. As forças de segurança também já trabalham para proteger os locais que guardam as urnas eletrônicas.

As áreas de prédios sensíveis, como o do Supremo Tribunal Federal, e o do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), principais alvos dos discursos de ataques às instituições, serão cercadas por grades e terão a proteção da Polícia Militar, além das equipes de segurança dos próprios prédios. O setor central de Brasília, que concentra o Congresso, o Palácio do Planalto e os ministérios da Justiça e Segurança Pública e das Relações Exteriores, também deverá ficar com o acesso restrito. Desde ontem, o acesso de veículos à Praça dos Três Poderes já foi bloqueado.

De acordo com o governo do Distrito Federal, todos os 610 locais de votação e as 20 juntas de apuração dos votos terão aumento no policiamento. Equipes da Polícia Militar, do Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Civil atuarão para evitar tumultos e distúrbios civis, com folgas canceladas dos profissionais de segurança, com todo o efetivo de prontidão caso necessário.

A eleição presidencial ocorre em meio a uma série de ataques às instituições feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores. Na semana que antecedeu o segundo turno, o presidente moveu uma batalha contra o TSE porque alegou estar sendo injustiçado por suposto desequilíbrio na veiculação das propagandas eleitorais de rádio.

ESQUEMA

O secretário de Segurança Pública, Júlio Danilo, afirmou que o número do efetivo que trabalhará amanhã não será divulgado por questões de segurança, mas ressaltou que todos os agentes estarão de prontidão caso precisem ser acionados. “Todo efetivo que não estiver de serviço nesse dia permanecerá de sobreaviso”, disse. Segundo a CNN, no primeiro turno atuaram 11,5 mil profissionais, número quatro vezes maior do que o empregado na eleição de 2018. Ele não descarta tumultos após a divulgação do resultado. “Estamos atentos, pois poderá haver manifestações após a divulgação do resultado”, disse.

O trânsito de carros e pedestres na Esplanada será permitido, mas, de acordo com a secretaria, há também a possibilidade de restringir o acesso às sedes do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário. “O acesso à Praça dos Três Poderes pode ser restrito, caso seja detectada a possibilidade de movimentação de público para o local. A população será avisada previamente por meio dos canais oficiais do governo do Distrito Federal e imprensa”, disse a pasta por meio de nota.

BOCA DE URNA

O ministro da Justiça, Anderson Torres, disse que o foco da atuação das forças de segurança no segundo turno será o combate à boca de urna e à compra de votos. Ele informou que amanhã estarão nas ruas 500 mil policiais em todo o País.

No primeiro turno, foram registrados 456 casos de boca de urna. Já as ocorrências de compra de votos ficou em 95 casos. No dia da primeira votação, 2 de outubro, também foram apreendidos R$ 10 milhões em espécie por suspeita de compra de voto.




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