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Dow Química vai investir US$ 210 mi no Brasil
Do Diário do Grande ABC
17/02/2000 | 15:54
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Neste e no próximo ano a Dow Química vai investir US$ 210 milhoes no Brasil. Do total, 16% serao aplicados em proteçao ambiental, 33% em melhorias de processos e reduçao de custos, 34% na expansao da capacidade de produçao, e 17% na área de segurança, proteçao e perdas. O investimento em expansao será feito na fábrica de poliestireno (plástico dos descartáveis), no Guarujá (SP), que terá a capacidade instalada aumentada de 120 mil toneladas (t) ao ano para 200 mil t/ano até o final de 2001.

"Também serao investidos US$ 340 milhoes em outras operaçoes da regiao", afirmou o presidente da Dow Química América Latina, Peter Berner, em apresentaçao dos resultados da empresa, hoje, em Sao Paulo. O valor, disse ele, será aplicado na finalizaçao do Megaprojeto na Argentina. O Megaprojeto é uma parceria da Dow (28%) com a YPF/Repsol (38%) e a Petrobras (34%) para a prospecçao e produçao de gás e construçao de um gasoduto de 600 quilômetros que liga Neuquen a Bahia Blanca, tambén na Argentina, onde outro empreendimento da Dow receberá parte dos investimentos programados para este e o próximo ano.

No pólo de Bahia Blanca, comprado pela Dow por US$ 400 milhoes, será finalizado o projeto de expansao da fábrica de etileno, de 275 mil t/ano para 700 mil t/ano. A expansao de uma unidade e construçao de nova fábrica da Polisur (sociedade entre Dow, com 70%, em parceria com a YPF, 30%) serao concluídas dentro de dois anos. Com isso, a Dow aumentará sua capacidade instalada para a produçao de polietileno de alta e baixa densidades (plástico muito usado em embalagens rígidas e flexíveis), na Argentina, de 270 mil t/ano para 650 mil t/ano. O incremento da capacidade da Polisur só é possível devido ao aumento da produçao de eteno.

Resultados - Do faturamento bruto global da Dow Chemical, de US$ 18,9 bilhoes, as operaçoes da América Latina participaram com 10% ou US$ 1,9 bilhao, no ano passado, resultado igual ao de 1998. Para o próximo ano, o faturamento previsto na regiao é de US$ 2,1 bilhoes. Segundo Berner, a América Latina é reponsável por 10% do faturamento da companhia no mundo, a América do Norte por 45%, a Europa por 35% e o sudeste da Asia por outros 10%.

No Brasil, a reduçao do faturamento bruto de US$ 960 milhoes, em 1998, para US$ 860 milhoes, no ano passado, foi justificada pela queda dos preços no mercado interno, a alta do petróleo no exterior e a desvalorizaçao do real. De um ano para o outro, o lucro líquido também caiu de US$ 52 milhoes para US$ 8 milhoes. Para este ano, o faturamento previsto é de US$ 890 milhoes e o lucro líquido de US$ 20 milhoes.

Sobre a comparaçao do lucro líquido no Brasil e em outros países onde a Dow possui negócios, Peter Berner afirmou que nao pode avaliar, porque as operaçoes da Dow espalhadas pelo mundo trabalham especificamente com determinados produtos, suprindo outros países, em um movimento constante de importaçao e exportaçao entre suas unidades.




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