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Scania entra na era do Euro 6 em 2023

Caminhões com motores que poluem menos e economizam 8% de combustível serão feitos em S.Bernardo

Nilton Valentim
Do Diário do Grande ABC
10/10/2022 | 00:01
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Divulgação


A norma Euro 6 impõe série de restrições quanto à emissão de poluentes e entra em vigor no início do próximo ano. A Scania apresentou os modelos que foram projetados para atender à legislação. Os caminhões da linha Super serão fabricados na planta de São Bernardo e, segundo a empresa, com o novo trem de força vão oferecer mais potência com economia de 8% no consumo.

Para adequar o parque fabril do Grande ABC à produção dos veículos foi necessário aporte de R$ 1 bilhão, valor que integra ciclo de investimento de R$ 1,4 bilhão, iniciado em 2021 e que será concluído em 2024. Na europa, o investimento foi de 2 bilhões de euros.

“Essa nova plataforma está sendo introduzida em um momento de grande expectativa do setor automotivo, principalmente depois de atravessarmos um cenário global desafiador ocasionado pela pandemia, que impactou toda a sociedade e as indústrias em geral e exigiu de todos uma dose extra de resiliência para conseguir finalizar o projeto dentro do prazo”, destaca Christopher Podgorski, presidente e CEO da Scania Latin America.

Segundo o executivo, 37 unidades já estão sendo testadas no Brasil, Esses veículos já percorreram 4,3 milhões de quilômetros desde 2018. “É o produto europeu já tropicalizado, devidamente testado e que entra em produção na virada do ano”, destacou Podgorski, lembrando que em fevereiro os primeiros caminhões com a tecnologia Super estarão deixando a fábrica de São Bernardo em direção aos clientes para serem usados.

Os propulsores da linha Super vão ser produzidos inteiramente na fábrica de motores localizada na planta de São Bernardo. A unidade foi modernizada e ampliada em 72%, passando a ocupar área de 43 mil metros quadrados. “Revolucionamos nossa fábrica de motores. Não só de dimensão mas, também, na gama de produtos 100% fabricados no Brasil em termos de usinagem e montagem. É um produto completamente novo. Motores, transmissões e eixos serão produzidos em São Bernardo a partir de fevereiro”, contou com entusiasmo.

NOVO OLHAR

Para o diretor de desenvolvimento de negócios da Scania, Marcelo Galllao, a eficiência do produto só foi possível graças à disrupção de conceitos. “Mudamos motor, eixo, câmbio. Todo o sistema que move o caminhão. O novo motor conta com dois comandos acima do cabeçote. Virabrequim também é novo. O sistema é revolucionário”, declarou.

Na mesma linha foi o vice-presidente de vendas e marketing da Scania Latin America, Paulo Moraes. Ele lembrou que a empresa busca alternativas para redução de poluentes, como os caminhões movidos a gás (há 600 rodando no Brasil) e o desenvolvimento de modelos elétricos. Entretanto, ainda não há como virar as costas ao diesel. “Será uma matriz de energia por muitos anos. Não adianta fezer discurso com eletricidade ou energia limpa. A única maneira <CF51>(de poluir menos)</CF> é investir em tecnologia”, afirmou o executivo. 




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