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Caso PC: tese de crime passional é descartada
Do Diário do Grande ABC
23/05/1999 | 18:59
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Os delegados Antônio Carlos Lessa e Alcides Andrade de Alencar, que investigam as mortes de Paulo César Farias e de sua namorada, Suzana Marcolino, descartaram neste domingo a tese de crime passional. Para eles o que houve foi um duplo homicídio. "Temos quase certeza que Suzana também foi assassinada, resta saber quem deu o tiro nela", afirmou Lessa.

Os delegados estiveram neste sábado em Joao Pessoa (PB) para ouvir a da mae de Suzana, Maria Auxiliadora. O depoimento, segundo Lessa, foi importante para confirmar a tese de duplo assassinato. Maria Auxiliadora disse que quando os seguranças de PC abriram a janela do quarto do casal Suzana estava viva, agachada, chorando, em um canto.

Segundo Auxiliadora, foi o policial militar Reinaldo Correia de Lima, ex-chefe dos seguranças de PC, quem deu a informaçao a seu marido, Eraldo Rodrigues Lisboa. "Vamos fazer ma acareaçao entre Reinaldo e o padastro de Suzana para saber quem está falando a verdade", informou Lessa.

Nesta semana os delegados e o promotor Luiz Vasconcelos reiniciam os trabalhos em Maceió, interrogando os seguranças de PC que estavam na casa de praia no dia do crime. Prestarao depoimento os Pms Reinaldo, José Geraldo, Adeildo Costa Santos e Josimar Faustino dos Santos, além do motorista de PC. Para os delegados, um deles deve ter dado o tiro em Suzana, usando o mesmo revólver que matou PC.

O ex-secretário de Segurança Pública de Alagoas, coronel José de Azevedo Amaral, também será ouvido . Ele foi uma das primeiras autoridades policiais a chegar ao local do crime e designou o delegado Cícero Torres para presidir as investigaçoes sobre o caso, embora o delegado Arnaldo Soares de Carvalho fosse o responsável pela jurisdiçao. Em depoimento aos delegados Lessa e Alencar, nessa nova fase de investigaçao, Torres nao conseguiu explicar porque nao fez exame residuográfico nas maos dos seguranças.




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