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Desemprego alcança 8,9% no trimestre e registra o menor patamar desde 2015

País atinge marca de 99 milhões de pessoas ocupadas segundo dados do IBGE, número recorde desde o início da série em 2012

Da ABr
01/10/2022 | 08:16
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Marcello Casal Jr/ABr


O desemprego no Brasil diminuiu para 8,9% com a queda de 0,9 ponto percentual registrada no trimestre encerrado em agosto, em comparação com o período anterior, terminado em maio. O percentual é o menor patamar desde o trimestre encerrado em julho de 2015, quando atingiu 8,7%. O contingente de pessoas ocupadas ficou em 99 milhões, batendo novamente o recorde na série histórica, iniciada em 2012.
 
Os dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua foram divulgados nesta sexta (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O percentual de pessoas ocupadas em idade de trabalhar, que representa o nível de ocupação, foi estimado em  57,1%. O resultado significa avanço em relação ao trimestre anterior (era de 56,4%). Ficoutambém acima do mesmo período do ano passado, quando registrou 53,4%. 

Para a coordenadora da Pnad, Adriana Beringuy, o mercado de trabalho mostra recuperação. “O mercado de trabalho segue a tendência demonstrada no mês passado, continuando o fluxo que ocorre ao longo do ano, de recuperação”ou. De acordo com a pesquisa, três atividades contribuíram para o recuo do desemprego em agosto com aumento da ocupação. Os setores de Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas tiveram alta de 3% em relação ao trimestre anterior, adicionando 566 mil pessoas ao mercado de trabalho. O crescimento de 2,9% em Administração Pública, Defesa, Seguridade Social, Educação, Saúde Humana e Serviços Sociais representou mais 488 mil pessoas empregadas, enquanto a alta de 4,1% no grupo.

Outros serviços significou a entrada de 211 mil pessoas. O número de trabalhadores desocupados atingiu 9,7 milhões de pessoas e caiu ao menor nível desde novembro de 2015. Segundo a pesquisa, o resultado corresponde a uma queda de 8,8% ou menos 937 mil vagas formais na comparação trimestral e queda e 30,1%, (menos 4,2 milhões de trabalhadores), na comparação com o mesmo período do ano passado. O contingente de empregados sem carteira assinada no setor privado chegou a 13,2 milhões de pessoas. O número é o maior da série histórica, iniciada em 2012. Na comparação com o trimestre passado, houve alta de 2,8% no trimestre ou mais 355 mil trabalhadores sem carteira assinada.
 

Na comparação anual, houve alta de 16% na informalidade - 1,8 milhão de pessoas. Já o total de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, sem contar os trabalhadores domésticos, subiu 1,1% e atingiu 36 milhões.O número de trabalhadores por conta própria ficou em 25,9 milhões de pessoas e manteve a estabilidade se comparado ao trimestre anterior. No setor público alta foi de 4,1% e contingente chegou a 12,1 milhões. A pesquisa indicou ainda que há 4,3 milhões de pessoas (3,8%) que o instituto classifica como desalentada. 




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