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Presidente chinês inicia viagem pela América Latina
Das Agências
05/04/2001 | 15:16
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O Presidente da China, Jiang Zemin, iniciou nesta quinta-feira no Chile uma viagem por seis países da América Latina, em meio a um clima de tensão com os Estados Unidos pelo incidente com o avião espião americano, retido pelo governo de Pequim.

Jiang chegou à capital chilena depois de uma escala noturna em Taiti, no Pacífico, e recebeu os cumprimentos protocolares.

A chanceler chilena, Soledad Alvear, recebeu o governante asiático no aeroporto, onde desembarcou de um Boeing, enquanto policiais afastavam aos empurrões jornalistas chineses da comitiva de Jiang que tentavam fotografar e filmar, depois de descerem do avião.

O presidente e sua mulher Wang Yeping receberam ramos de flores das mãos de dois jovens da colônia chinesa do Chile, que soma 5mil pessoas.

Um helicóptero militar sobrevoou o local, enquanto soldados armados com fuzis de miras telescópicas mostravam-se sobre os terraços dos edifícios em volta.

O presidente chinês se reunirá com o anfitrião, Ricardo Lagos, depois da abertura do programa oficial da visita com um breve ato de homenagem à memória do general Bernardo O'Higgins, líder da independência chilena da coroa imperial espanhola há dois séculos.

Jiang e uma comitiva de 130 políticos e técnicos chineses ficarão até sábado em Santiago, depois partirá à Argentina, Uruguai, Brasil, Cuba e Venezuela.

A China busca maior intercâmbio econômico com a América Latina e a ampliação do apoio político para sua pretensão de ingresso na Organização Mundial de Comércio (OMC).

Também livra uma guerra diplomática com a ilha nacionalista de Taiwan, que tem na América Latina um de seus principais pontos de apoio no cenário internacional.

O Chile foi o primeiro país latino-americano a apoiar o sonho chinês de participar da OMC e é, ao mesmo tempo, seu segundo parceiro comercial na região, depois do Brasil.

O intercâmbio entre China e Chile somou US$ 2 bilhões em 2000, com um aumento de 18% nesse ano.

Dos quase US$ 1 bilhão de exportação chilena para Pequim, um terço corresponde a embarques de cobre. A China exporta para o Chile maquinarias, produtos têxteis e artesanais.




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