Economia Titulo Otimismo
Indústria do Grande ABC está mais confiante do que em 2019

Índice está maior do que antes da pandemia; região apresenta números que estão acima da média para a região Sudeste

Da Redação
24/09/2022 | 09:25
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Denis Maciel 26/02/2021


 O ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial) no Grande ABC está melhor do que antes da pandemia, com a pontuação de 56,05 (até agosto/2022), acima dos 55,26 pontos de 2018/2019. Se os indicadores estão acima dos 50 pontos, significa “melhora nas expectativas e confiança”; se estão exatamente nos 50 pontos estão relacionados com “indiferença” e se abaixo desta pontuação é porque traduz “piora nas expectativas e confiança”.

A melhora da pontuação do ICEI está associada pela melhor avaliação das Condições das Empresas (aumentou de 49,67 para 53,46) e das Expectativas em torno do Desempenho das Empresas (58,77 para 59,90). Isso pode ser explicado pela desconfiança em torno do desempenho da economia nacional e da perspectiva de crescimento, negativamente influenciada pelo histórico das últimas décadas. Durante a pandemia, todos os indicadores caíram.

O ICEI do Grande ABC (56,05) está ligeiramente abaixo do ICEI nacional (57,11), porém está acima do ICEI médio da região Sudeste, que é de 55,73.

A melhora do nível de confiança dos gestores industriais da região também se deve às Expectativas sobre o Desempenho da Economia, que subiram (58,43 agora, contra 55,43 em 2020/2021 e 58,04 em 2018/2019), sintoma das projeções mais favoráveis para o PIB brasileiro. Já nas Condições Atuais da Economia, os índices apresentaram ligeira queda, o que reflete que apesar do otimismo, o cenário também é de certa cautela.

“Desorganização de grandes cadeias industriais internacionalizadas, escassez de insumos produtivos, aumento de preços no mercado mundial, expectativa de redefinição de um novo modelo produtivo e organizacional nos próximos anos são alguns elementos que impactam o atual momento”, segundo professor Sandro Maskio, coordenador de Estudos do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo. 

“Essa cautela reflete incertezas em relação ao comportamento e perspectivas para a economia brasileira, impactadas tanto pelo contexto global pós-pandemia de retração, como pelas restrições impostas pelas características e estrutura da economia nacional, com sua elevada carga tributária relativa, restrições de mecanismos de financiamento, baixa produtividade e competitividade, entre outros. Melhorar a confiança em torno do quadro da economia nacional é um dos grandes desafios do próximo presidente junto ao setor industrial do País”, afirma o docente.

Os resultados da SI (Sondagem Industrial) e do ICEI (Índice de Confiança) são realizados pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e pela FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). A Universidade Metodista de São Paulo, através de seu Observatório Econômico, realiza desde 2016 este recorte da pesquisa no Grande ABC.




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