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Presidente do PSDB diz não ter relação com empréstimo de Valério
Do Diário OnLine
02/08/2005 | 11:54
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O presidente nacional do PSDB, senador Eduardo Azeredo (MG), afirmou nesta terça-feira que não tem relação com o empréstimo de R$ 9 milhões (R$ 11,7 milhões com os juros) conseguido pela empresa DNA, do empresário Marcos Valério, junto ao Banco Rural em 1998. Parte do dinheiro teria financiado a campanha do tucano ao governo de Minas Gerais.

De acordo com denúncia do jornal O Globo, Valério apresentou como garantia do empréstimo contratos publicitários com secretarias do governo Azeredo. O tucano se defendeu das acusações durante uma reunião da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos Correios.

Azeredo confirmou que sua campanha recebeu um empréstimo de Valério, mas se eximiu de culpa pelo 'caixa 2'. "Nada tive a ver com o empréstimo. Ele foi concedido sem meu conhecimento, sem minha participação". O presidente do PSDB destacou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também disse ter sido surpreendido pelo uso de dinheiro não declarado em campanhas do PT.

O senador tucano lembrou que é impossível juridicamente que o empréstimo para sua campanha tenha sido avalizado por seu governo. Como prova estaria o fato do banco ter cobrado judicialmente a dívida "dos três sócios da DNA, que eram os garantidores do empréstimo". Os sócios da empresa eram Marcos Valério, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach.

Azeredo ressaltou ainda que muitos governos se valeram dos serviços da empresas de Marcos Valério, entre eles o de Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Lula.

Foco- O presidente do PSDB destacou que existe uma tentativa, por parte do governo Lula, de desviar o foco das investigações do 'mensalão', suposto esquema de pagamento de propina para deputados votarem a favor de projetos da administração petista. Ele acredita que as denúncias do uso de 'caixa 2' em campanhas fazem parte da estratégia governista.

Para Azeredo, mais grave que o financiamento ilegal de campanha "é a compra dos votos de parlamentares". Ele disse que as denúncias contra parlamentares da oposição são "uma tentativa de nos fazer calar".

O tucano pediu rigor na investigação "do maldito mensalão".




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