Diarinho Titulo Encontros e despedidas
As memórias do coração
Da Redação
28/08/2022 | 13:54
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 Perder um bichinho de estimação nunca é fácil. Muitas vezes aquele pequeno animalzinho acaba sendo nosso melhor amigo durante grande parte da nossa vida. Quando ele se vai, a tristeza é inevitável. Entretanto, este é o ciclo da vida. O amigo partiu, mas ficaram as lembranças de todos os momentos e brincadeiras que tiveram juntos.

Valentina Pelistrato Tonetti, de São Caetano, sofreu muito quando o cãozinho Bolinha, que ela considerava o “melhor amigo”, morreu em dezembro. E olha que o Bolinha nem morava na sua casa! Ele era dos seus tios. Ela chorou muito. Mas teve o apoio da mamãe, que conversou muito com ela e explicou que o Bolinha estava no ‘céu dos cachorrinhos’. 

Doeu, mas ela se conformou. Principalmente porque na sua casa tem dois cachorros, o Max e Manu, que são irmãos e que estão sempre brincando e comendo tudo o que encontram. Não importa se é um chinelo, tênis ou as chuteiras do seu irmão gêmeo, o Pedro. “Eles são terríveis”, conta a garota.

Diante da perda de um animalzinho surgem muitos questionamentos. O que devemos fazer? Como vamos reagir? O que devemos pensar? São perguntas difíceis de serem respondidas, pois cada um, principalmente quando se é criança, reage de uma forma diferente. 

Esse tema é tratado na peça de teatro Clarice Matou os Peixinhos, que será encenado dia 3 de setembro, às 16h, no Teatro Clara Nunes, em Diadema. No palco, os três personagens – Clarito, Clarão e Esclarecida – tentam encontrar quem matou dois inocentes peixinhos dourados. 

E enquanto eles procuram o responsável pelo trágico acontecimento, começam a recordar animaizinhos que passaram pelas suas vidas e que deixaram lembranças, como a macaca Olímpia, que conviveu com a Esclarecida, e que morreu “de brinco e de colar”, porque ela era vaidosa. Clarito, por sua vez, lembra de Piricão, seu cachorro indisciplinado, que fazia xixi pela casa toda, namorava a cachorrinha da vizinha e gostava de comer e de dormir.

A história se passa em um cenário muito colorido, com luzes e bolhas de sabão para compor o clima. 

“Muitas vezes acontece de termos que deixá-los (os animais) de alguma forma, seja pela morte ou por alguma separação inevitável. Achamos muito importante trabalhar esse tipo de experiência, pois isso faz parte da vida”, disse a diretora da pela, Letícia Guimarães. 

No elenco estão os atores Blas Torres, Ana Sercunvius e Heloisa Giovenardi, todos da Companhia do Abração, que está em atividade desde 2011. “Quando contamos que cada personagem já perdeu algum bichinho, se torna um jeito leve pois estamos o tempo todo conversando com as crianças”, afirma Ana.

O espetáculo tem entrada gratuita, com ingressos podem ser adquiridos por meio do aplicativo do Diversão em Cena ou retirados uma hora antes do início na bilheteria do teatro.

Ninguém paga para ver a peça porque ela integra o programa Diversão em Cena, que tem o compromisso de democratizar o acesso à cultura, levando apresentações teatrais gratuitas ou a preços populares a teatros, escolas e praças públicas, em mais de 60 municípios.




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