Economia Titulo
Terceirizaçao de RH é comum
Sueli Carvalho
Da Redaçao
30/09/2000 | 19:39
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Em 39% das empresas de indústria, comércio e serviços da Regiao Metropolitana da Grande Sao Paulo a área de recursos humanos se reporta à administrativa e, em segundo lugar, à presidência. Do total de pessoas atuando junto à área de recursos humanos, 41% correspondem a funcionários próprios e 59% a mao-de-obra terceirizada.

Essas foram algumas das constataçoes feitas por meio da terceira ediçao da pesquisa contínua desenvolvida semestralmente pelo Núcleo de Recursos Humanos do Instituto Municipal de Ensino Superior (Imes) de Sao Caetano, em parceria com o Grupo Informal de Profissionais de Recursos Humanos (Gaper), cujo objetivo é conhecer o perfil e as principais práticas das empresas no setor de recursos humanos.

Segundo a pesquisa, entre os serviços terceirizados, destacam-se a assistência médica, com 87% de terceirizaçao; portaria e vigilância (75%); limpeza (73%) e restaurante (66%). Excluindo a diretoria e a gerência, os setores de administraçao de salários, benefícios e serviços sociais e de qualidade sao os com menor índice de terceirizaçao.

A idade dos funcionários que atuam na área de recursos humanos segue a tendência das empresas, ficando entre 31 e 40 anos. No entanto, existem menos pessoas com idade inferior a 30 anos na área de recursos humanos na comparaçao com a média geral das outras áreas.

Em relaçao à escolaridade, o número de pessoas com o 3º grau completo e pós-graduaçao é maior na área de recursos humanos na comparaçao com a média geral dos outros setores das empresas.

O tempo de permanência dos funcionários de recursos humanos nas empresas é equivalente aos profissionais de outras áreas, sendo, em média, de 6 a 10 anos.

De acordo com a pesquisa, entre as políticas de recursos humanos mais praticadas destacam-se as de recrutamento e seleçao, treinamento, empréstimo a funcionários e remuneraçao. As medidas menos praticadas referem-se a empregados trabalhando em casa e administraçao por competências e benefícios flexíveis. Porém, segundo o estudo, as empresas demonstraram interesse pelo aperfeiçoamento da remuneraçao, carreira, reconhecimento dos funcionários, competências e clima organizacional.

A pesquisa confirmou também a tendência de as empresas trabalharem com programas de participaçao nos lucros e resultados (PLR). Segundo os pesquisadores, foi observado que o valor médio distribuído desde 1997 cresceu ligeiramente e os programas com metas têm sido a principal estratégia adotadas.

Amostragem - O perfil das empresas pesquisadas indica que sao, predominantemente, do setor privado e com até 500 funcionários. Estas empresas chegam a desembolsar mensalmente, somente em salários nominais, R$ 500 mil. Deste montante, de 5% a 10% correspondem aos salários dos executivos, de 10% a 20% aos dos supervisores, chefes e encarregados e 70% a 80% aos pagamentos dos outros profissionais.




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