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Moedas comemorativas retratam episódios históricos dos 200 anos da Proclamação da Independência

De prata e de cuproníquel, as peças já encontram-se esgotadas no site oficial e colecionadores aguardam nova tiragem

Por Thainá Lana
18/08/2022 | 08:48
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André Henriques/DGABC


Em apenas dois dias, colecionadores de diversas partes do País esgotaram as duas moedas comemorativas lançadas pelo BC (Banco Central do Brasil) em celebração aos 200 anos da independência. Uma em prata e outra cuproníquel (liga de cobre e de níquel), as moedas foram produzidas pela Casa da Moeda do Brasil, sendo que a peça de prata tem valor de face de R$ 5 e custa R$ 420 enquanto a colorida possui valor de face de R$ 2 e custa R$ 34.

Inicialmente, foram cunhadas cinco mil moedas de prata e dez mil de cuproníquel – pela primeira vez na história, uma moeda brasileira teve detalhes coloridos em um dos lados.

Mesmo com restrição de compra por CPF, foram limitadas apenas duas por usuário. O site do Clube da Medalha, da Casa da Moeda, onde estavam sendo comercializados os itens comemorativos, apresentou instabilidade devido ao grande número de acessos simultâneos, situação que dificultou a finalização da venda para alguns interessados.

Como alternativa para tentar facilitar o acesso, a Casa da Moeda disponibilizou o envio de pedidos de compras através de um e-mail – opção que também não durou muito tempo. Em apenas uma hora a empresa recebeu mais de 10 mil solicitações de reservas, situação que esgotou a tiragem inicial autorizada pelo BC.

Sem previsão de novas unidades das moedas comemorativas, diversos colecionadores não conseguiram efetuar a compra dos itens, como é o caso do andreense André Luiz do Carmo Silva, 49 anos, que coleciona moedas e cédulas desde os 9 anos.

Com uma coleção com mais de 700 moedas e 320 cédulas, contando os itens nacionais e estrangeiros, André tem predileção pelas moedas de prata do Brasil Império e também pelas comemorativas emitidas pela Casa da Moeda. Entre os modelos adquiridos pelo colecionador estão as moedas em celebração ao centenário de Juscelino Kubitschek (2002), ao centenário do voo da 14 bis (2006), centenário de Carlos Drummond de Andrade (2002), entre outras peças históricas.

“Tentei comprar logo quando anunciou, porém, o site ficou fora do ar e não consegui. Pretendo adquirir as moedas do Bicentenário da Independência, caso decidam cunhar um novo lote ou por meio de algum loja de material numismático. O importante é comprar de uma fonte confiável”, declarou o colecionador.

“Depois de adquirir cada peça gosto de pesquisar sobre o momento histórico que ela representa. Para cada tipo de coleção tem esse lado histórico, não é apenas a posse do objeto, mas também é a parte histórica, geográfica e social”, relata o andreense.

MOMENTOS HISTÓRICOS

As moedas retratam, no anverso, dois momentos históricos ligados à Independência do Brasil: a de prata apresenta a sessão do Conselho de Estado, presidida por Maria Leopoldina, com a participação de José Bonifácio, na qual foi tomada a decisão de enviar cartas a dom Pedro 1° aconselhando-o a romper com a Coroa portuguesa.

Já a moeda de cuproníquel mostra o grito da independência, em que dom Pedro 1° ao receber as cartas da princesa e do ministro José Bonifácio, proclama a Independência do Brasil, às margens do Rio Ipiranga, em 7 de setembro de 1822.

No reverso das duas moedas está a primeira estrofe do Hino da Independência, escrito por Evaristo da Veiga e com música composta pelo próprio dom Pedro 1°. Na moeda de prata aparece também a Bandeira Nacional.

Já o reverso da moeda de cuproníquel, que traz pela primeira vez o recurso da cor, com o verde e amarelo, cores escolhidas pelo imperador logo após a independência, aparecem em uma faixa em movimento. Essas cores são provenientes das casas de Bragança e Habsburgo e foram usadas na Bandeira do Brasil desde o Primeiro Império, tornando-se símbolo nacional.

Correios lançam selos com estampas em alusão ao bicentenário

No início deste mês, no Dia Nacional do Selo, os Correios lançaram filatélicos comemorativos em alusão ao Bicentenário da Independência. Durante o evento de lançamento foi apresentado o selo que estampa a espada de dom Pedro 1° durante o Grito do Ipiranga.

Porém, meses antes, já estavam em circulação outros dois modelos: os selos Bicentenário da Independência – Marca Oficial e Bicentenário da Independência – Movimentos Populares. Além dessas três estampas, há previsão de lançamento de outras emissões comemorativas no contexto do bicentenário deste ano, com personalidades, prédios históricos e participação da histórica dos Correios.

Em outra celebração a data histórica, a empresa instalará uma grande faixa comemorativa no edifício do Setor Comercial Sul de Brasília, além de decorações que estarão presentes em outras agências. Os veículos dos Correios também serão decorados com adesivos da campanha comemorativa.

“A nossa empresa é secular, confundindo-se com a própria história do Brasil. Todos os brasileiros têm um orgulho muito grande dos Correios, e em especial seus empregados, com exemplos marcantes de comprometimento, dedicação e amor a essa empresa que representa muito para todos nós”, destacou Floriano Peixoto, presidente da estatal.

Em outra iniciativa para celebrar os 200 anos da Independência do Brasil, e principalmente as gerações futuras, os Correios constituíram uma cápsula do tempo, que será aberta apenas no tricentenário da Independência, em 2122 – daqui a exatos 100 anos. Dentro da cápsula está um chip de celular dos Correios, um uniforme de carteiro, uma miniatura de um avião com a logomarca da empresa e o Relatório Integrado de 2022, que registra os números da estatal no último ano. 




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