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Maradona promete equipe ofensiva contra alemães
Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
02/07/2010 | 07:05
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Apesar dos testes de anteontem, em que armou o time com três volantes, o técnico argentino Diego Maradona despistou se manteria essa formação para o jogo contra a Alemanha, amanhã, na Cidade do Cabo, e garantiu que sua equipe será ofensiva, com três atacantes e apenas um volante.

"Seria pecado mudar a maneira de jogar. No amistoso (contra a Alemanha neste ano e vencido pela Argentina por 1 a 0) fomos taticamente perfeitos, mas naquele momento vivíamos outra realidade. Esse jogo agora é outra história e a verdade é que não podemos mudar. Vamos atacá-los", assegurou.

Alemães e argentinos fazem o duelo dos melhores ataques da Copa do Mundo da África do Sul. Os europeus marcaram nove gols, um a menos que os sul-americanos.

Para manter a média no Mundial, Maradona deve confirmar a equipe com Messi (gripado, não treinou ontem), Tevez e Higuaín, e os meias Verón e Di Maria municiando os homens de frente. Apenas Mascherano, capitão da equipe, ficaria na cabeça de área.

Maradona avaliou que o time não ficará vulnerável e disse que os demais jogadores ajudarão Mascherano na marcação. "Di Maria ainda faz parte do meio-campo e pode ajudar o Mascherano. Também ajuda o Heinze, cobrindo a lateral quando ele vai ao ataque."

Diego Maradona é perito em confrontos com a Alemanha. Ele disputou duas finais contra os rivais. Obteve um título, em 1986, e uma derrota marcante, em 1990.

Após perder, acusou a máfia de ter prejudicado a Argentina. "Havia prometido à minha filha (Dalma) que voltaria com a Copa do Mundo, mas aí teria de explicar algo muito difícil, feio e doloroso, que no futebol havia a máfia. Uma máfia que é capaz de cobrar um pênalti que não existe e não dar um que foi", declarou, ao jornal La Nacion.

O desabafo é pelo lance que decidiu o Mundial disputado na Itália. No fim do jogo, o árbitro Edgardo Codesal (mexicano) marcou pênalti polêmico de Sensini em Völler. Brehme cobrou e garantiu o terceiro título mundial à Alemanha. Em 1986, Maradona deu o passe para o gol de Burruchaga nos 3 a 2 do bi mundial dos portenhos.

Cordial, Demichelis ameniza ironias dos adversários

O zagueiro Martín Demichelis minimizou ontem as críticas dos alemães ao futebol argentino. Talvez pelo fato de atuar no Bayern de Munique há sete anos , foi diplomático ao comentar as provocações dos últimos dias.

"O que ele (Schweinsteiger) disse (que argentinos são provocadores) foi um ato de nervosismo e respeito. Tenho certeza que os alemães nos respeitam muito, ainda mais três meses depois de tê-los vencido na casa deles (amistoso disputado em março)", disse o zagueiro.

Demichelis, que é companheiro de clube de Schweinsteiger, disse que aquela vitória "foi desvalorizada por muitos", mas destacou a importância. "Aquela Alemanha, com apenas três mudanças, é a mesma que ganhou com facilidade da Inglaterra (nas oitavas da Copa)."
Também destacou que os adversários estão evoluindono Mundial. "Criam muitas chances de gols. Por isso, temos de ficar com a posse de bola e atacar rápido."


Matthaus faz críticas e diz que Argentina não tem sistema tático

Dia sim e no outro também, críticas a Maradona. Ontem foi a vez de o ex-jogador alemão Lothar Matthaus esquentar o clima para o confronto de amanhã. Disse que o técnico argentino não tem sistema tático e depende das qualidades individuais de seus atletas.

"Maradona não tem nenhum sistema, não tem um conceito. Ele aposta no individual. Creio que isso não é suficiente contra um time alemão confiante que joga de forma compacta", disparou o ex-craque.

O ex-atelta também comparou Maradona ao técnico alemão Joachim Löw. "O Löw tem mais experiência. Deu forma à seleção, aumentou a confiança dos jogadores e transmitiu a eles um estilo de jogo. Não posso dizer o mesmo de Maradona."

E não foi só Matthaus quem criticou os argentinos. O capitão alemão Philipp Lahm também cutucou os portenhos, os quais considerou "maus perdedores."

"São impulsivos e temperamentais, além de não saberem perder. Agora nós vamos ver como eles vão perder e como vão reagir após essa derrota", provocou o jogador.
Lothar Mathaus disse considerar "benção" a ausência de Michael Ballack no Mundial (lesão no tornozelo).

Lamento por Ballack, mas a ausência dele foi benéfica. O Ballack freava muitos os jogadores, que não podiam evoluir como estão fazendo atualmente. O time agora é muito mais rápido sem ele."




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