Setecidades Titulo Tendência de queda
Internações por Covid em hospitais públicos da região caem 39%

Unidades do Grande ABC receberam 515 pacientes em julho; no mês anterior, 845 pessoas foram admitidas em leitos das redes municipais

Joyce Cunha
Do Diário do Grande ABC
03/08/2022 | 00:01
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As unidades de saúde municipais do Grande ABC registratam queda no número de pacientes internados por coronavírus em julho. Os hospitais da região tiveram 515 internações no período, queda de 39% em relação às admissões de pacientes pela Covid-19 contabilizadas em junho. 

A redução é maior quando considerados os casos de maior gravidade. Em julho, 203 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) foram ocupados para o tratamento da doença, índice 42,1% menor na comparação com os 351 pacientes que precisaram de cuidados médicos intensivos em junho. A análise não inclui Rio Grande da Serra, que disponibilizou a última atualização de dados no dia 20 de julho. 

Na avaliação de Carlos Machado, médico preventista, a chegada de novas variantes, mais transmissíveis, explica a nova tendência. “É muito fácil as pessoas pegarem esse coronavírus que tem novas cepas da família ômicron, muito mais contagiosas. Mas, ao mesmo tempo, são tipos menos agressivos. Agora em julho começou a haver uma redução do número de internações, com um pouco de queda da gravidade”, ressaltou.

QUEDA DE CASOS

A diminuição de internações pela Covid acompanha a redução de novos casos registrados na região em julho. Foram 18.540 confirmações de coronavírus no período, 34,4% a menos no comparativo com as 28.281 infecções de junho. O número de mortes teve leve alta, de 7,6%, em julho, quando 127 pessoas perderam a vida pela doença. Em junho foram 118 óbitos. 

O Grande ABC contabilizou, do início da pandemia, em março de 2020, até ontem, 402.957 testes positivos de coronavírus. A taxa de mortalidade nos sete municípios é de 2,8%, com 11.613 vítimas fatais da Covid. Em todo o Estado, foram 5,9 milhões de infecções pelo vírus e 173.036 vidas perdidas. 

Apesar da tendência de queda das últimas semanas, Carlos Machado alerta para a importância de a população manter as medidas de higiene para a prevenção ao coronavírus. 

“Precisamos lembrar que existem pelo menos duas novas cepas, que saíram da China e da Índia, que já estão atingindo a Europa e os Estados Unidos, o que significa que em dois ou três meses nós vamos ter uma nova onda crescente de Covid (no Brasil)”, prevê.

Os cuidados preventivos permanecem os mesmos difundidos em massa durante os períodos de maior gravidade da pandemia. “Não podemos abandonar a prevenção e a principal é o uso de máscara, água e sabão para lavar as mãos e álcool gel, quando não houver condição de lavar a mão”, listou o especialista. 

A utilização de máscaras de proteção facial segue recomendada para ambientes abertos ou fechados, onde houver maior concentração de pessoas. “A máscara protege contra infecções que são adquiridas via aérea, como a H1N1, resfriados comuns e, agora, a varíola do macaco, que tem uma transmissão muito alta quando tem contato corporal, mas principalmente via área”, concluiu o médico.




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