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Base sindical no Grande ABC pode ser a maior em 15 anos
25/07/2010 | 07:10
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Os metalúrgicos do Grande ABC já somam 100,8 mil trabalhadores na base sindical de São Bernardo do Campo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Só no primeiro semestre, 3,5 mil metalúrgicos foram contratados pelas empresas na região. O número de postos de trabalho já colou no recorde de 102,9 mil vagas registrado em 2008, antes de encolher no ano passado, por causa da crise. Mantido o ritmo atual, o número de 2010 será o maior em 15 anos.

A base sindical da região, que parecia minguar nos anos 80 e 90, voltou a crescer e o perfil dos sindicalistas e dos trabalhadores que formam o sindicato mais importante do Brasil mudou radicalmente. Hoje, ele é muito diferente dos tempos em que Lula comandou as greves históricas contra o regime militar e o arrocho salarial no fim dos anos 70 e início dos 80.

O perfil dos metalúrgicos também mudou. Quase 30% dos profissionais têm hoje entre 18 e 29 anos, segundo levantamento da subseção do Dieese (Departamento de Estatística e Estudos Intersindicais) no Sindicato. Isso significa quase um terço da categoria dominada por uma geração que não cresceu no contexto do regime militar. Foi naquela época que surgiram as grandes lideranças sindicais da região, começando por Luiz Inácio Lula da Silva.

Além disso, no espaço de apenas dez anos, a escolaridade deu um salto de qualidade. Em 2006, dado mais recente do Dieese, 40,9% da categoria tinha ao menos o segundo grau completo, contra 13,5% em 1996. O número de trabalhadores com ensino superior também subiu, de 8% para 14%.

O exemplo vem do próprio presidente do sindicato. Hoje com 45 anos, Sergio Nobre concluiu o curso universitário de relações internacionais no ano passado e já prepara pós-graduação para começo de 2011. Em agosto, a nova geração de metalúrgicos da região vai participar da realização de um sonho de mais de 23 anos de luta da categoria.




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