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Hamas e Jihad Islâmica se mantêm à distância dos atentados no Sinai
Da AFP
08/10/2004 | 18:43
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Os grupos radicais palestinos Hamas e Jihad Islâmica vêm se mantendo à distância dos sangrentos atentados ocorridos na península egípcia do Sinai na quinta-feira, mas também não os condenaram.

"Creio que os palestinos não têm nada a ver com essa operação", declarou um responsável político da Jihad Islâmica, Jaled al-Batch. No entanto, ele afirmou que os grupos armados palestinos "lutam nos territórios ocupados e no estrangeiro".

Os radicais palestinos do Hamas e da Jihad Islâmica não reconhecem Israel e consideram que o território israelense é uma terra ocupada, assim como a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.

Batch opina que "Sharon (primeiro ministro israelense) e seu governo são responsáveis pelos assassinatos, pela destruição e pela ocupação" do povo palestino. "Tudo isso enfurece os jovens árabes e muçulmanos", acrescentou.

O porta-voz do Hamas, Muchir Al-Masri, considera que os atentados no Sinai são "uma conseqüência natural e esperada da guerra de extermínio, liderada pelo inimigo sionista contra o nosso povo e da parcialidade americana a seu favor, que culminou recentemente com o veto dos EUA na ONU (Organização das Nações Unidas)".

Os Estados Unidos vetaram na terça-feira, no Conselho de Segurança, um projeto de resolução que exigia o fim da atual ofensiva israelense na Faixa de Gaza.

"Os israelenses devem compreender que Sharon os leva à detruição e à morte", acrescentou o porta-voz, descartando que o Hamas esteja envolvido nos ataques, porque sua "batalha contra o inimigo sionista se limita aos territórios palestinos ocupados".

No dia 26 de setembro, o braço armado do Hamas anunciou sua decisão de atacar interesses israelenses no estrangeiro, o que foi depois desmentido pelo escritório político do movimento.

O assessor do dirigente palestino Yasser Arafat, Nabil Abu Rudeina, afirmou que "a continuação da ocupação e das agressões israelenses geraram violência em todo o mundo". E ele prosseguiu: "enquanto continuar a ocupação, não será possível erradicar o terrorismo e a violência".

Pelo menos 28 pessoas morreram, entre elas 23 israelenses e cinco egípcios, e mais de cem ficaram feridas em vários atentados ocorridos na noite de quinta-feira contra centros turísticos muito freqüentados pelos israelenses no Sinai.




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