O jornal italiano 'Corriere della Sera' informou nesta segunda-feira que o papa João Paulo II será enterrado na Gruta Vaticana, cripta situada debaixo da basílica de São Pedro de Roma, onde repousam os restos mortais de alguns papas. A cripta está fechada ao público por três dias para obras.

O jornal, confirmando uma notícia difundida pela rede de televisão pública italiana 'Rai' no domingo, afirma que se baseia em uma "fonte segura", mas acrescenta que se trata de uma informação oficiosa.

João Paulo II deverá ocupar um lugar deixado vago depois do traslado da tumba de João XXIII da cripta para a Basílica, após sua beatificação. "Esta opção não foi decidida pelo papa, que deixou a decisão nas mãos de seus colaboradores", destaca o 'Corriere della Sera'.

O lugar foi liberado em 2000, quando João Paulo II celebrou a missa de beatificação do "bom papa João", e mandou transferir o caixão à basílica, na capela de São Jerônimo.
Neste caso, João Paulo II (1978-2005) repousaria ao lado de seu predecessor João Paulo I, morto 33 dias após sua eleição em 1978, e dos papas Benedito XV, Inocêncio IX, Júlio III e Paulo VI.

Perto do túmulo de Paulo VI, fica uma sepultura considerada pelos arqueólogos como sendo a de São Pedro, localizada justamente sob o grande altar da basílica. 'As grutas', assim chamadas em todos os guias turísticos, são a superfície que se estende sob a basílica. Além dos túmulos dos papas, elas contêm diversos objetos da antiga basílica e os vestígios da igreja do século V sobre a qual ela foi edificada.

Cidade natal - A hipótese de um enterro na Polônia, país natal de João Paulo II, foi definitivamente descartada, acrescenta o jornal. Algumas pessoas próximas ao pontífice garantem que a idéia de um retorno à Polônia depois de sua morte é uma questão que ele nunca apresentou.

Paralelamente, a imprensa italiana indica que outra hipótese, a de trasladar o coração de Karol Wojtyla para a Polônia, foi desmentida pelas autoridades religiosas polonesas.