A multinacional americana do petróleo Texaco provocou um desastre ecológico na Amazônia equatoriana, denunciou nesta quinta-feira o presidente Rafael Correa, em viagem na região.

"Que o mundo inteiro observe a barbárie desta multinacional", atacou o presidente equatoriano, durante uma inspeção nas zonas de extração de petróleo na província de Sucumbios (fronteiriça com a Colômbia) pela Texaco, entre 1964 e 1990.

Correa comparou os danos aos causados pelo petroleiro americano Exxon Valdez, que derramou 42 milhões de litros de petróleo no Alasca em 1989. A Texaco já foi condenada a pagar ao Equador US$ 40 milhões por esta contaminação.

As comunidades indígenas também tentam processar a companhia e exigem indenização de US$ 6 bilhões. Em maio de 2003, as comunidades indígenas já tinham levado a Texaco à Justiça equatoriana, acusando-a de ter contaminado seu território em mais de 30 anos de exploração de petróleo.

O Equador, quinto produtor da América Latina, extrai 530 mil barris de petróleo diários, sendo 37% pela companhia estatal Petroecuador. Suas exportações representam 67,07% da produção, o que significa uma receita de US$ 4,8 bilhões.