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Santo André reforça ações da saúde para síndrome gripal

Prefeitura reorganiza unidades e cria atendimento exclusivo, das 17h às 21h, em nove UBSs; medida desafoga UPAs

Renan Soares
Especial para o Diário
28/06/2022 | 00:01
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Celso Luiz/DGABC


Em cenário de crescimento dos casos de coronavírus e outras doenças respiratórias no Grande ABC, a Prefeitura de Santo André anunciou ontem novo reforço para o atendimento da população. Com a reorganização de fluxos de trabalho na rede municipal, a Secretaria de Saúde implantou serviço exclusivo para Covid-19 e síndromes gripais em nove UBSs (Unidades Básicas de Saúde), das 17h às 21h: Valparaíso, Vila Linda, Jardim Carla, Jardim Santo André, Recreio da Borda do Campo, Vila Guiomar, Moysés Fucs, Vila Luzita e Parque Miami.

“O atendimento exclusivo às síndromes gripais é uma medida para agilizar o diagnóstico e tratamento destas doenças, que têm aumento de casos no inverno, e para desafogar as Unidades de Pronto Atendimento. Cuidado, planejamento e infraestrutura para proteger nossa gente”, destacou o prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB).

Nas nove UBSs com atendimento exclusivo, os procedimentos de rotina, como consultas, vacinação e exames, permanecem sendo oferecidos aos pacientes das 7h às 17h. Após este período, até às 21h, as unidades realizarão atendimento somente para síndromes gripais, o que inclui coronavírus. O serviço exclusivo ofertará avaliação, receita e, se necessário, a realização de teste para Covid-19.

Para reduzir a alta demanda nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), a Secretaria de Saúde andreense recomenda que, em casos de sintomas leves da gripe, o morador busque atendimento em uma das 33 UBSs da cidade, das 7h às 17h. Das 17h às 21h, a partir da reorganização da rede, a população conta com as nove unidades com atendimento exclusivo.

Apesar do aumento de demanda, as prefeituras de São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires mantiveram os fluxos e horários de atendimento.

São Bernardo informou que casos de síndromes gripais são atendidos nas UPAS, que funcionam 24 horas, e nas 33 UBSs, com equipe multidisciplinar exclusiva, em ambiente e entrada separados para evitar a circulação nas unidades. Em 20 UBSs, o funcionamento ocorre até às 22h.

Em São Caetano, a Prefeitura afirma que todas as Unidades Básicas estão fazendo atendimento de síndromes gripais, além da Carreta Saúde em Movimento, que funciona diariamente, das 7h à meia-noite, na rua Saldanha Marinho, ao lado do Hospital Municipal de Emergências Albert Sabin. Seis unidades Básicas que contam com o programa Saúde Hora Extra, com funcionamento das 17h às 21h, atendem síndromes gripais e oferecem testes para Covid-19, mediante agendamento.

Diadema informou que o atendimento para pessoas com sintomas gripais é realizado em todas as 20 UBSs, além dos dois Pronto Atendimentos (Paineiras e Eldorado) e o Pronto-Socorro Central,

Ribeirão Pires afirma que já reforçou o atendimento, descentralizando os casos de síndromes gripais. No município, os casos de urgência e emergência são atendidos na UPA. As UBS realizam testes para Covid-19. A medida, segundo a nota, é realizada para que mais profissionais estejam desempenhados para atender um aumento da demanda.

Mauá esclarece que realiza atendimento nas UBSs e UPAs da cidade. Testes são realizados nas Unidades Primavera, Magini, Zaíra 1, Flórida e Feital, de segunda a sexta, das 9h às 16h, e nas UPAs. Rio Grande da Serra não respondeu os questionamentos do Diário.

Casos de gripe e Covid-19 disparam no Grande ABC

As cidades do Grande ABC registraram, entre maio e junho, aumento de 116,4% nos casos de síndromes gripais e de 64,25% nos diagnósticos de Covid-19 entre moradores. O número de atendimentos para doenças respiratórias saltou de 19.016 em maio para 41.152 neste mês, até ontem. A quantidade de habitantes que testaram positivo para coronavírus cresceu de 16.478 para 27.066 confirmações no período. O levantamento não inclui Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, que não forneceram dados.

De acordo com José Ribamar Branco, infectologista e fundador do IBSP (Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente), a alta de casos é esperada para o inverno, período em que há maior concentração de pessoas, que ficam mais próximas, aumentando a disseminação de vírus aéreos.

Nesse cenário, o especialista considera válida a criação, pelos municípios, de estratégias diferenciadas para o atendimento dos moradores nas unidades de saúde. “Tivemos muitos problemas do acesso das pessoas com outras doenças no sistema de saúde devido à Covid-19. Existe uma necessidade de separação <CF51>(dos pacientes)</CF>. Vai muito da logística, da facilidade de acesso para população”, afirmou Branco.

ALTA NOS CASOS

Em Santo André, o número de casos de coronavírus subiu de 2.925 para 6.510, entre maio e junho. São Bernardo registrou 12.505 confirmações de Covid-19 em maio e 13.036 neste mês. São Caetano teve crescimento de 799 para 2.127 casos no período, enquanto

Diadema registrou 977 resultados positivos em maio e 2.635 em junho. Mauá apontou a maior variação, com 249 casos em maio e 2.758 até ontem.

No período, as cidades também tiveram aumento da demanda por atendimentos de síndromes gripais. Em Santo André, foram 4.327 casos em maio e 9.506 em junho. São Bernardo registrou 3.793 atendimentos no último mês e 7.165 até a data de ontem (28).

Em São Caetano, 6.334 pessoas buscaram unidades de saúde em maio, enquanto, até ontem, foram 10.049. Diadema passou dos 2.877 casos no último mês para 5.016 em junho. Em Mauá, foram 1.685 atendimentos de síndromes gripais em maio e, até a data de ontem, 9.416 casos registrados nas unidades de saúde da cidade. 




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