O árbitro Robinson José de Góes ainda é notícia no São Bernardo. A diretoria promete entrar com representação contra ele, que apitou quarta-feira o clássico em que o Tigre acabou derrotado dentro de casa pelo Santo André B, por 2 a 1, no clássico regional, pela Copa Paulista de Futebol. Jogadores, comissão técnica e dirigentes ficaram indignados com a não-marcação, segundo eles, de três pênaltis no final da partida e a não-expulsão de um jogador do adversário, em um dos lances.

"Vou entrar com uma representação na FPF (Federação Paulista de Futebol) na segunda, ou no máximo na terça-feira", garantiu o presidente Edgard Montemor Filho. "Aí, depois, é acompanhar para ver se nas próximas três rodadas ele vai apitar? Com certeza vai!", completou, indicando a falta de pulso da Federação quanto a punições.

Segundo o lateral-esquerdo Renato Peixe, no mais polêmico dos lances, quando o atacante Danielzinho partiu com a bola do meio-campo e sofreu uma carga na entrada da área do último homem do Santo André B, o árbitro disse que não expulsaria o atleta adversário "porque ele não ia em direção do gol". "Ele teve a coragem de dizer isso para mim, é um absurdo. A juizada já erra na Primeira Divisão, imagina aqui", compara Peixe.

Para o técnico Lelo, o resultado não foi mais favorável em função do juiz. "Não saímos pelo menos com um empate em virtude de uma arbitragem duvidosa."

Antecedente - Não é a primeira vez que o São Bernardo entra com uma representação na FPF. No dia 1º de junho deste ano, pela Série A-3 estadual, o Tigre recebeu o Votoraty em jogo que definiu o acesso à A-2.

Na oportunidade os visitantes golearam por 5 a 0. O árbitro Anselmo da Costa recebeu críticas em razão de uma arbitragem conturbada e o clube tomou, já no dia seguinte, providências para buscar uma punição ao juiz. O ato, porém, foram em vão, já que Anselmo continuou na ativa.