Blumberg, que teve o filho Axel assassinado depois de ter sido seqüestrado em março deste ano, lidera uma cruzada contra o crime na Argentina. Hoje ele entrega duas petições ao governo: uma aos deputados e senadores e outra às autoridades da Casa da Província de Buenos Aires, que fica a uns 200 metros do Parlamento.
O empresário, há até pouco tempo um cidadão anônimo, passou às manchetes dos maiores jornais do país ao liderar duas gigantescas manifestações em abril, uma em frente ao Congresso e outra no Palácio dos Tribunais, em protesto pela violência e a morosidade da Justiça argentina.
Desde então, o governo do presidente Néstor Kirchner vem transformando os pedidos e abaixo-assinados de Blumberg em novas leis e reformas no Código Penal. Entre as novas reivindicações do empresário está a criação de uma Secretaria Nacional de Investigações para esse tipo de crime.
A manifestação organizada pelo empresário nesta quinta teve um tom mais político em relação às anteriores. Blumberg defende agora mudanças na legislação eleitoral que, segundo ele, favorece a reeleição de políticos corruptos.
A região norte de Buenos Aires, onde vive a população de classe média alta, é a mais atingida por essa onda de seqüestros, que tem como alvos principais empresários, atletas e socialites.
O jornal conservador La Nación anunciou, como manchete no último domingo, que o número de seqüestros quadruplicou desde 2001 na grande Buenos Aires, área que cerca a capital argentina: 307 seqüestros foram denunciados em 2003, contra 77 de dois anos antes.
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