As mais recentes entrevistas de ambos focalizaram muito mais a seleção do que um dos maiores clássicos do futebol brasileiro. Pelo menos no discurso, o atacante parece levar a melhor sobre o goleiro. Afinal, o Baixinho disse que ainda se considera o melhor da posição no país. Sem nenhum constrangimento, ele reivindica uma vaga como titular na Copa do Mundo da Ásia.

Se o falastrão Romário não mede as palavras, Rogério Ceni, bem diplomático, prefere não acirrar os ânimos contra o técnico da Seleção Brasileira. “Faltam cinco meses para o Mundial. Até lá, tudo pode acontecer”, afirmou o camisa um, que se mantinha absoluto nos tempos de Emerson Leão.

O centroavante França, já negociado ao Bayer Leverkusen, também é um dos esquecidos de Scolari, que prefere apostar em outras alternativas. No começo da semana, o atacante admitiu – a exemplo do técnico Nelsinho Baptista – que não tinha condições físicas de encarar o Vasco. Mas, no coletivo de sexta-feira, o treinador mudou de idéia e resolveu confirmá-lo. “Estou pronto para ajudar o São Paulo. Agora, nem quero pensar no futebol alemão. Assim, não vou prejudicar meu rendimento”, afirmou França.

Indiferentes ao tema seleção, os torcedores do São Paulo esperam que o Tricolor se vingue da humilhante goleada (7 a 1) imposta pelo Vasco no Campeonato Brasileiro do ano passado. Os jogadores e o técnico Nelsinho, ao contrário, nem tocam mais no assunto. “Isso é passado. Não interessa mais. Vivemos uma nova realidade na atual temporada”, disse Nelsinho.

O técnico não terá três jogadores importantes, todos suspensos: o zagueiro Júlio Santos, o lateral Gustavo Nery e o meia Fábio Simplício. Reginaldo entra na zaga, Lino na lateral-esquerda e Júlio Baptista no meio-campo. No Vasco, a grande novidade é o retorno de Euller ao lado de Romário. Apenas um desfalque: o volante Jamir, que sofreu estiramento muscular. As opções: Gomes ou Haroldo.