Israel desmentiu, nesta quinta-feira, qualquer envolvimento na prisão do especialista militar americano do Pentágono, Lawrence Franklin, 58 anos, que revelou informações secretas sobre possíveis ataques contra as forças americanas no Iraque. Essas informações teriam sido cedidas a um grupo pró-israelense.
Franklin trabalhava no Irã para os serviços do secretário de Defesa, Donald Rumsfeld. Ele está sendo acusado de ter transmitido informações secretas a dois integrantes do Aipac (American Israel Public Affairs Committee), um lobby pró-Israel, em junho de 2003.
Israel considera que esta prisão não é um caso que lhes diz respeito. "Nós não estamos envolvidos e não recebemos nenhum documento desta pessoa", declarou o Ministério das Relações Exteriores.
O chefe da diplomacia, Sylvan Shalom, disse que seu país não faria nada que atentasse contra suas relações estratégicas com Washington. "Estas relações se traduzem também em trocas de informações classificadas", destacou o ministro. "Temos uma excelente cooperação com os americanos, em todos os níveis, e não precisamos de qualquer documento desta pessoa, seja qual for sua natureza".
O funcionário da diplomacia israelense negou qualquer similaridade como caso Jonathan Pollard, um judeu americano, condenado em 1987 nos Estados Unidos a prisão perpétua por ter espionado para Israel. O caso Pollard causou uma grave crise entre Israel e Estados Unidos.
Em setembro, a imprensa israelense afirmou que um agregado militar israelense em Washington, encarregado da inteligência, reuniu-se várias vezes com Franklin que lhe havia fornecido informações. O primeiro-ministro Ariel Sharon desmentiu as informações.
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